Fragilidade em idosos no município de São Paulo: prevalência e fatores associados

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FONTE

Rev. bras. epidemiol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

04/02/2019

RESUMO

RESUMO: Introdução: Fragilidade é uma síndrome evitável e reversível caracterizada pelo declínio cumulativo dos sistemas fisiológicos, causando maior vulnerabilidade às condições adversas. Objetivos: Descrever a prevalência de fragilidade entre os idosos, analisar os fatores associados e a evolução da síndrome. Método: Estudo longitudinal que utilizou a base de dados do Estudo Saúde, Bem-Estar e Envelhecimento (SABE), nos anos de 2006 e 2010. A síndrome de fragilidade foi identificada por cinco componentes: perda de peso; fadiga; redução de força, de atividade física e de velocidade de caminhada. Os idosos foram classificados como “pré-frágeis” (1-2 componentes) e “frágeis” (3 ou +). Utilizou-se regressão multinomial múltipla hierárquica para análise dos fatores associados. Resultados: Do total de idosos (n = 1.399), 8,5% eram frágeis tendo como fatores associados idade, comprometimento funcional, declínio cognitivo, hospitalização e multimorbidade. Em quatro anos, tornaram-se frágeis 3,3% dos idosos não frágeis e 14,7% dos pré-frágeis. Conclusão: A identificação da prevalência e dos fatores associados à fragilidade pode ajudar a implementar intervenções adequadas precocemente, de modo a garantir melhorias na qualidade de vida dos idosos.ABSTRACT: Introduction: Frailty is a preventable and reversible syndrome characterized by a cumulative decline of physiological systems, causing greater vulnerability to adverse conditions. Objective: To describe the prevalence of frailty among older adults and analyze its associated factors and progression. Method: This is a longitudinal study that used the Health, Well-being, and Aging Study (Saúde, Bem-Estar e Envelhecimento - SABE) database of 2006 and 2010. Five components identified the frailty syndrome: weight loss; fatigue; decreased strength, low physical activity, and reduced walking speed. Older adults were classified as “pre-frail” (1-2 components) and “frail” (3 or more). We used a hierarchical multiple multinomial regression to analyze associated factors. Results: Out of the total number of older adults (n = 1,399), 8.5% were frail, and the associated factors were age, functional impairment, cognitive decline, hospitalization, and multimorbidity. In four years, 3.3% of non-frail and 14.7% of pre-frail older adults became frail. Conclusion: Identifying the prevalence of frailty and its associated factors can help to implement adequate interventions early to improve the quality of life of older adults.

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