Fotoengenharia do processo de reparo ósseo induzido pela laserterapia de baixa potência (GaAlAs) : estudo em fêmures de ratos

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

O presente estudo teve por objetivo avaliar, por meio de análise histológica e morfométrica, a biomodulação do processo de reparo ósseo nas regiões de periósteo, endósteo e medula óssea de cavidades confeccionadas em fêmures de ratos, submetidas à radiação com laser diodo infravermelho (GaAlAs). Foram utilizados 30 ratos machos da linhagem Wistar, com peso entre 350 a 550 gramas, distribuídos aleatoriamente em dois grupos, o controle (GI) e o experimental (GII), e seis subgrupos de acordo com o período de observação dos animais. Para os grupos controle e experimental destinaram-se 13 e 14 animais, respectivamente. Os subgrupos experimentais receberam a terapia laser de baixa potência (LLLT), em um defeito ósseo considerado experimental, identificado por meio de um parafuso de titânio, fixado, previamente, a 8mm do mesmo. No grupo GI todo o protocolo cirúrgico foi realizado, porém sem a aplicação do laser. No grupo GII foi utilizado o laser infravermelho ("lambda"= 830 nm, 6 J/cm2, 50mW, 120 s) de forma pontual e contínua. O protocolo de radiação foi estabelecido com intervalos de 48horas, iniciando-se imediatamente após a confecção do defeito ósseo, na cavidade medular. Os animais foram mortos aos 07, 15 e 21 dias. Para análise histológica, executou-se o processamento de rotina para as técnicas de HE e picrosírius. As lâminas foram estudadas segundo análise descritiva e morfométrica. Os fenômenos teciduais avaliados, na análise descritiva, incluíram a resposta inflamatória e a neoformação óssea. Para a análise morfométrica determinaram-se as médias de trabeculado ósseo neoformado além das devidas localizações anatômicas destes trabeculados. Os resultados obtidos demonstraram que, nos grupos em que o laser foi aplicado na loja cirúrgica (GII), a atividade de remodelação óssea foi quatitativamente maior quando comparada à dos grupos GI, com maior maturação da matriz óssea orgânica e padrões de osteogênese em estágios mais avançados, nos períodos iniciais do experimento. Além disso, segundo a análise morfométrica, a biomodulação óssea positiva evidenciada nos grupos GII apresentou maior média de trabeculado ósseo quando comparada aos grupos não submetidos à LLLT. O mapeamento morfométrico evidenciou a produção de estímulos biomoduladores positivos apenas na localização de periósteo, denotando assim, maior potencial de penetração, estimulação e aceleração da consolidação óssea na região cortical do defeito ósseo. Os resultados permitiram concluir que, a laserterapia de baixa potência no protocolo estabelecido atua como biomoduladora óssea em região de periósteo, podendo ser utilizada como coadjuvante no processo de reparo ósseo.

ASSUNTO(S)

traumatologia bucomaxilofacial laser - terapia laser de baixa intensidade odontologia ossos - desenvolvimento ratos - experiÊncias

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