Formação do conceito sistêmico de respiração : um estudo articulando fenômenos macro e microscópicos.
AUTOR(ES)
Elizabeth Pereira de Medeiros
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
29/08/2011
RESUMO
Apesar da necessidade - proclamada pelas pesquisas educacionais e preconizada pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN, PCN+) e Organizações Curriculares para o Ensino Médio (OCEM) - de um ensino contextualizado e articulado, a escola ainda está presa a uma visão cartesiana de ensino. Parece haver uma suposição generalizada de que a fragmentação dos conteúdos trabalhados durante o curso não interferirá quando o indivíduo precisar compreender os fenômenos estudados como um todo, em uma perspectiva sistêmica. Partimos do pressuposto da extrema importância de uma compreensão articulada dos conteúdos científicos para favorecer sua aprendizagem significativa. Por este motivo decidimos investigar como o conceito de respiração é compreendido por licenciandos de Biologia que já tenham cursado as disciplinas relacionadas aos conteúdos específicos, uma vez que uma compreensão significativa dos fenômenos biológicos deverá repercutir positivamente na sua docência. Foi utilizada como ferramenta para a análise dos dados a confecção de mapas conceituais, em parking lot, a partir de um kit contendo palavras relativas ao fenômeno estudado, juntamente com figuras ilustrando os sistemas, órgãos e elementos do universo celular. Em paralelo, foi realizado um trabalho de reorganização conceitual dos conhecimentos da pesquisadora por ser considerada fundamental sua clara compreensão da visão sistêmica do conteúdo respiração, para o desenvolvimento da pesquisa. Este trabalho se deu através da construção sucessiva de três mapas conceituais, seguida da construção de um quarto mapa, contendo os mesmos elementos entregues aos licenciandos, com o objetivo de verificar se os elementos oferecidos a eles seriam suficientes para a construção do conceito em tela, de forma sistêmica. Este mapa foi utilizado como referencial para a análise dos mapas produzidos pelos licenciandos. Esta análise evidenciou que apesar dos estudantes estarem próximos do término do curso de Licenciatura, a maioria não demonstrou conhecimento aprofundado do conteúdo trabalhado, em nenhuma das perspectivas estudadas: cartesiana, sistêmica ou da flexibilidade cognitiva. Quanto à pesquisadora, constatou-se a evolução de uma perspectiva fragmentada e desarticulada do conceito de respiração para uma visão articulada e sistêmica. Este resultado sugere a possibilidade dos mapas conceituais serem utilizados como instrumento de avaliação da aprendizagem na formação inicial bem como para apoiar a formação continuada dos professores.
ASSUNTO(S)
flexibilidade cognitiva ensino-aprendizagem formação de conceitos mapas conceituais visão sistêmica cognitive flexibility concept formation conceptual maps systemic vision
ACESSO AO ARTIGO
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