Forma urbana e tipo de uso do solo como fatores determinantes para a geração de áreas urbanas impermeáveis

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

O impacto ambiental da urbanização através da crescente impermeabilização das superfícies e da inadequação da ocupação urbana às características naturais do sítio traduz um significativo aumento de eventos de enchentes em todos os centros urbanos mundiais. Desta forma, este trabalho tem como objetivo investigar a forma urbana e o tipo de uso do solo como fatores que caracterizam os impactos hidrológicos, considerando que estes são condicionantes que determinam o surgimento de áreas urbanas impermeáveis. Para realizar esta pesquisa, toma-se como objeto de estudo a cidade de Canoas (RS), selecionando 13 áreas urbanas pertencentes ao município, conforme o zoneamento urbano estabelecido pelo plano diretor municipal, que representam diversos tipos de ocupação, de uso do solo, de densidades e de configuração da forma urbana. A metodologia envolve a manipulação de dados provenientes da base digital cartográfica municipal, do levantamento censitário, das fotografias aéreas e das determinações do zoneamento municipal e do plano diretor. Estes dados são integrados através de um sistema de informações geográficas (SIG), permitindo a produção de dados relativos à forma urbana e ao uso do solo das unidades de estudo, para a posterior análise da relação destas informações com os níveis de impermeabilidade. Por meio destas análises são construídos cenários alternativos visando a mitigação da impermeabilidade nas unidades de análise. As principais constatações obtidas pelos resultados mostraram que: (i) as relações entre a forma urbana, uso do solo e impermeabilidade devem ser avaliadas simultaneamente com outros fatores que influenciam este fenômeno, como legislação urbana, tipos de ocupação, densidades urbanas e padrões culturais e socioeconômicos; (ii) Os cenários alternativos mostram efeitos moderados para minimizar a geração de áreas impermeáveis, através de medidas associadas à presença de áreas verdes nos loteamentos, ao controle da impermeabilização no lote e à reconfiguração da pavimentação das calçadas, atingindo médias de redução da impermeabilidade de 8.74%, 13.91% e 5.70% respectivamente. Por fim, considerando as conclusões acerca dos itens avaliados, as relações entre os resultados obtidos, as constatações dos cenários alternativos e as determinações expostas por outros estudos neste âmbito, a dissertação finaliza sugerindo parâmetros para projetos de loteamentos residenciais em áreas urbanas, com o objetivo de buscar um menor nível de impermeabilização na sua implantação.

ASSUNTO(S)

forma urbana canoas (rs) uso do solo zonas urbanas impermeabilização

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