Florística e estrutura da vegetação arbustivo-arbórea em uma área de cerrado rupestre no parque estadual da Serra de Caldas Novas, Goiás
AUTOR(ES)
Lima, Thaís Almeida, Pinto, José Roberto Rodrigues, Lenza, Eddie, Pinto, Alexandre de Siqueira
FONTE
Biota Neotropica
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010-06
RESUMO
O cerrado sentido restrito é a fitofisionomia predominante do bioma Cerrado, ocupando grandes extensões do Planalto Central brasileiro. Quando essa vegetação se desenvolve sobre Neossolos Litólicos recebe a denominação de cerrado rupestre. O conhecimento sobre as comunidades arbustivo-arbóreas deste subtipo fitofisionômico do Cerrado é muito limitado. O objetivo deste estudo foi analisar a composição florística e a estrutura da vegetação arbustivo-arbórea em uma área de cerrado rupestre localizada no Parque Estadual da Serra de Caldas Novas (PESCAN), Goiás, Brasil e comparar suas características florísticas e estruturais com aquelas de outras áreas de cerrado sentido restrito localizadas no Brasil Central. Foram amostrados todos os indivíduos com diâmetro a 30 cm do solo > 5 cm, presentes em 10 parcelas aleatórias de 20 × 50 m. A riqueza florística registrada foi de 66 espécies, distribuídas em 53 gêneros e 31 famílias botânicas. A vegetação estudada tem características florísticas e estruturais semelhantes àquelas registradas em outras áreas de cerrado sentido restrito sobre solos profundos, porém, com a presença de algumas espécies típicas de cerrado rupestre, como Schwartzia adamantium (Cambess.) Gir.-Cañas e Wunderlichia mirabilis Riedel ex Baker e algumas raras para o bioma, por exemplo, Peltogyne confertiflora (Mart. ex Hayne) Benth., Myrcia canescens O. Berg e Myrcia variabilis DC. A área basal encontrada foi relativamente elevada (12,39 m².ha-1) devido à alta densidade de indivíduos (1.357 ind.ha-1), bem como a abundância de indivíduos de grande porte, de espécies como Sclerolobium paniculatum Vogel, Pterodon pubescens (Benth.) Benth., S. adamantium e P. confertiflora. Dessa forma, o substrato raso sob o cerrado rupestre do PESCAN, não limitou o desenvolvimento da vegetação arbustivo-arbórea, nem condicionou o estabelecimento de uma flora diferenciada. No entanto, a elevada importância estrutural de poucas espécies lenhosas típicas e adaptadas aos ambientes rupestres garante certa peculiaridade florística à comunidade estudada.
ASSUNTO(S)
afloramentos rochosos brasil central fitossociologia savana
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