Fitogeografia de fragmentos florestais para o nordeste de Minas Gerais
AUTOR(ES)
Cristianne Riquetti Corsini
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008
RESUMO
Neste estudo foram amostrados 26 fragmentos de floresta nativa distribuÃdos nas bacias hidrogrÃficas dos rios Jequitinhonha, Mucuri, Pardo e SÃo Mateus, localizadas na regiÃo nordeste de Minas Gerais. Os objetivos foram: analisar a composiÃÃo florÃstica do componente arbÃreo; determinar a formaÃÃo de grupos florÃsticos de acordo com a similaridade de espÃcies existentes nos fragmentos; quantificar a diversidade e a equabilidade dos fragmentos por meio de Ãndices; definir um gradiente de diversidade dentro de cada grupo florÃstico, determinado pela similaridade; aplicar anÃlise multivariada na ordenaÃÃo e no agrupamento dos fragmentos estudados, frente à estrutura das espÃcies baseada no Ãndice de valor de cobertura; definir um grupo de espÃcies com alto potencial de adaptaÃÃo aos ambientes das bacias para programas de revegetaÃÃo; aplicar anÃlise multivariada para investigar a correlaÃÃo entre as variÃveis geo-climÃticas e os agrupamentos de fragmentos e aplicar ferramentas de geoprocessamento para gerar um mapa fitogeogrÃfico para as Bacias estudadas. Utilizou-se amostragem sistemÃtica com unidades amostrais de 1.000m cada, em que a Ãrea amostral variou de 1 a 6 ha, conforme a Ãrea do fragmento. Foram mensuradas a CAP e altura total e coletado material botÃnico de todos os indivÃduos com CAP maior ou igual a 15,7cm. Em toda a Ãrea foram amostrados 73.426 indivÃduos, distribuÃdos em 79 famÃlias, 282 gÃneros e 722 espÃcies. Foram formados 6 grupos florÃsticos com base no coeficiente de Sorensen, onde ocorreu associaÃÃo de fragmentos de um ou dois tipos fitofisionÃmicos. O fragmento de maior diversidade foi o J114 (Aricanduva) e os fragmentos com os menores Ãndices de diversidade foram J116 (Salinas) e M134 (Nanuque). O gradiente de diversidade nÃo seguiu um padrÃo definido dentro da Ãrea, mas as florestas estacionais semideciduais apresentaram Ãndices mÃdios superiores ao das demais formaÃÃes florestais. A anÃlise de correspondÃncia destendenciada (DCA) diferenciou 2 grupos quanto à estrutura e a anÃlise divisiva de TWINSPAN completou a anÃlise formando 10 grupos de fragmentos baseados na importÃncia de cada espÃcie dentro dos fragmentos, a partir dos nÃveis de corte empregados. A anÃlise dos grÃficos de valor de cobertura das espÃcies para cada grupo formado possibilitou a escolha de 116 espÃcies como potenciais para programas de revegetaÃÃo nas bacias estudadas. A anÃlise de correspodÃncia canÃnica (CCA) correlacionou as variÃveis altitude, longitude e temperatura com a distribuiÃÃo das espÃcies na Ãrea. A Ãrvore de decisÃo propiciou a extrapolaÃÃo das informaÃÃes obtidas para as demais Ãreas nÃo amostradas por meio de um mapa que informa a Ãrea de ocorrÃncia das espÃcies selecionadas como adequadas em programas de revitalizaÃÃo florÃstica nas bacias estudadas.
ASSUNTO(S)
engenharias composiÃÃo florÃstica, grupos fitofisionÃmicos, anÃlise multivariada, Ãrvore de decisÃo, fitogeografia.
ACESSO AO ARTIGO
http://bibtede.ufla.br/tede//tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1667Documentos Relacionados
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