Feeding ecology of stream-dwelling fishes from a coastal stream in the Southeast of Brazil

AUTOR(ES)
FONTE

Brazilian Archives of Biology and Technology

DATA DE PUBLICAÇÃO

2007-07

RESUMO

Foi investigada a relação entre as variações ontogenéticas do comprimento do intestino e os hábitos alimentares de cinco espécies de peixes do rio Ubatiba, RJ. Os dados analisados foram baseados em duas categorias de tamanho (jovens e adultos) de cada espécie e duas categorias de alimento (animal e vegetal). A composição da dieta de cada categoria de tamanho revelou que Astyanax janeiroensis e Geophagus brasiliensis mudaram a preferência alimentar ao longo do desenvolvimento ontogenético e alternaram entre onívoros / carnívoros para onívoros / herbívoros e entre onívoros / carnívoros para onívoros, respectivamente; essas alterações foram acompanhadas por alterações ontogenéticas do Coeficiente Intestinal (CI). Não foram registradas diferenças relacionadas à ontogenia tanto para o CI como para as categorias de alimento consumidas por Hoplias malabaricus mas, dentro da categoria animal, foram observadas diferenças significativas para o tamanho das presas consumidas, bem como correlação positiva entre o tamanho do peixe (predador) e o tamanho da presa. Foi ainda observado que os itens alimentares (dentro da categoria animal) consumidos pelos adultos de Pimelodella lateristriga foram principalmente baseados em artrópodes alóctones, enquanto os jovens consumiram na mesma intensidade artrópodes alóctones e autóctones; tanto os jovens como os adultos de Mimagoniates microlepis se alimentaram principalmente de artrópodes alóctones. Os valores médios do CI de P. lateristriga e M. microlepis não variaram ao longo do crescimento do corpo. Apesar do consumo das diferentes categorias tróficas não ter sido registrado para todas as espécies estudadas, as alterações da estratégia de exploração dos recursos foi a regra entre essas espécies, exceto para M. microlepis. Dessa forma, sugerimos que M. microlepis é uma espécie conservadora, no que se refere a estratégia de forrageamento e que as alterações nas estratégias tróficas das outras quatro espécies podem ser explicadas pelas alterações morfológicas e maturacionais, particularmente pela habilidade na capacidade exploratória e/ou locomotora.

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