Federalismo e políticas de saúde no Brasil: características institucionais e desigualdades regionais
AUTOR(ES)
Ribeiro, José Mendes, Moreira, Marcelo Rasga, Ouverney, Assis Maffort, Pinto, Luiz Felipe, Silva, Cosme Marcelo Furtado Passos da
FONTE
Ciênc. saúde coletiva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2018-06
RESUMO
Resumo Este artigo analisa as características do federalismo no Brasil e suas relações institucionais com as políticas de saúde. Em termos conceituais, articula elementos teóricos clássicos com a tradição predominante no país acerca do caráter centralizador do federalismo e descentralizador das políticas decorrentes da Constituição de 1998. As bases empíricas incluem fontes primárias (pesquisa censitária com os secretários municipais de saúde participantes de colegiados estaduais) e secundárias (bases administrativas do Ministério da Saúde consolidadas nas regiões de saúde existentes). O artigo demonstra a implantação avançada dos colegiados regionais de gestão, porém sem repercussão direta na redução das grandes desigualdades regionais observadas na atenção primária e hospitalar. Conclui atribuindo a persistência destas disparidades à baixa capacidade de coordenação central e a um trade-off inadequado entre a centralização federativa na União e os componentes competitivos entre entes subnacionais. Como resultado, as dimensões cooperativas esperadas pelo desenho constitucionais são comprometidas para além da influência dos fatores socioeconômicos tradicionais.
ASSUNTO(S)
federalismo desigualdades regionais sistema Único de saúde
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