Fatores relacionados aos desfechos clínicos e ao tempo de sobrevida em doentes renais crônicos em hemodiálise

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FONTE

Cadernos Saúde Coletiva

DATA DE PUBLICAÇÃO

2022

RESUMO

Resumo Introdução A hemodiálise costuma se estender até o final da vida ou até o transplante renal. Objetivo verificar os fatores relacionados aos desfechos clínicos e à sobrevida de doentes renais crônicos em tratamento hemodialítico em uma clínica do sul de Santa Catarina. Método Estudo de coorte retrospectivo. A sobrevida foi avaliada por curvas de Kaplan-Meier e os fatores relacionados ao desfecho, por meio de regressão de Cox, expressos por meio do Hazard Ratio (HR) e intervalo de confiança de 95%. Resultados Entre 120 pacientes, a média de idade foi de 61,8 (±13,9) anos. O principal encaminhamento para hemodiálise foi do nefrologista (33,3%). As principais doenças de base identificadas foram hipertensão arterial (60,8%) e Diabetes Mellitus (29,2%). Foi registrado óbito em 44,2% dos pacientes e sete (5,8%) realizaram transplante. A sobrevida diminuiu de 76,1% em um mês para 49,3% em um ano de tratamento. Encaminhamentos pela UTI (HR 18,1 IC95% 4,49-72,8) e pela Unidade Básica de Saúde (HR 9,27 IC95% 1,48-58,2) foram associados ao óbito, além de valores maiores de cálcio inicial (HR 2,36 IC95% 1,21-4,62) e menores de creatinina final (HR 0,69 IC95% 0,55-0,87). Conclusão O principal desfecho verificado foi o óbito, sendo a sobrevida dos pacientes, avaliada em curto prazo, abaixo do esperado, sugerindo encaminhamento tardio ao tratamento substitutivo.

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