Fatores relacionados ao uso incorreto dos dispositivos inalatórios em pacientes asmáticos

AUTOR(ES)
FONTE

J. bras. pneumol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-01

RESUMO

OBJETIVO: Avaliar a técnica inalatória em pacientes com asma atendidos ambulatorialmente, estabelecendo associações dessa com o grau de controle da doença. MÉTODOS: Estudo transversal envolvendo pacientes com idade > 14 anos e diagnóstico médico de asma, recrutados no Ambulatório de Asma do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, na cidade de Porto Alegre (RS). Os pacientes completaram dois questionários (um geral e um questionário de controle da asma baseado nas diretrizes da Global Initiative for Asthma de 2011). Os pacientes demonstraram a técnica inalatória e realizaram testes de função pulmonar. A técnica inalatória incorreta foi definida como a execução incorreta de pelo menos duas etapas da avaliação. RESULTADOS: Foram incluídos 268 pacientes. Desses, 81 (30,2%) apresentaram técnica inalatória incorreta, que foi associada com falta de controle da asma (p = 0,002). A regressão logística identificou os seguintes fatores associados com a técnica inalatória incorreta: ser viúvo (OR = 5,01; IC95%, 1,74-14,41; p = 0,003); utilizar inalador pressurizado (OR = 1,58; IC95%, 1,35-1,85; p < 0,001); ter renda familiar mensal < 3 salários mínimos (OR = 2,67; IC95%, 1,35-1,85; p = 0,008); e ter > 2 comorbidades (OR = 3,80; IC95%, 1,03-14,02; p = 0,045). CONCLUSÕES: Na amostra estudada, a técnica inalatória incorreta se associou com a falta de controle da asma. Viuvez, uso de inalador pressurizado, baixo nível socioeconômico e presença de > 2 comorbidades se associaram à técnica inalatória incorreta.

ASSUNTO(S)

inaladores dosimetrados inaladores de po seco asma/terapia

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