Fatores relacionados ao prognóstico da atresia biliar pós-portoenterostomia
AUTOR(ES)
Santos, Jorge Luiz dos, Cerski, Carlos Thadeu, Silva, Vinícius Duval da, Mello, Evandro Sobroza de, Wagner, Mário Bernardes, Silveira, Themis Reverbel da
FONTE
Jornal de Pediatria
DATA DE PUBLICAÇÃO
2002
RESUMO
Objetivo: o estudo está envolvido com o prognóstico da atresia biliar pós-portoenterostomia, presença de anomalias congênitas associadas à doença e de malformação de placa ductal, área de fibrose hepática e, sobretudo, com a idade dos pacientes por ocasião da cirurgia. O presente estudo verificou numa amostra de atresia biliar as implicações prognósticas destes fatores. Métodos: foram avaliados 47 pacientes com atresia biliar, em estudo de corte transversal. O material histológico dos casos foi marcado com anticorpo anticitoqueratina 19 e CAM 5.2 por método imunoistoquímico, para o estudo das estruturas biliares, e corado com picrossírius para avaliação da área de fibrose. O estudo das estruturas biliares foi realizado por dois patologistas e pelo primeiro autor deste estudo, "cegos" quanto à evolução dos casos. A mensuração da área de fibrose foi quantitativa. Os dados dos pacientes em relação à idade, ocorrência de óbito ou realização de transplante hepático foram pesquisados nos prontuários. Resultados: a idade por ocasião da portoenterostomia variou entre 24 e 251 dias de vida (90,4 + 44,8 dias), e em 32 casos (72%) a evolução pôde ser acompanhada. Os 9 casos (19%) com anomalias congênitas extra-hepáticas associadas não diferiram quanto ao prognóstico em relação ao restante da amostra. A idade por ocasião da portoenterostomia influenciou o prognóstico (p=0,016). A área de fibrose foi diferente entre pacientes operados com menos de 60 dias de vida e os operados com mais de 90 dias (p= 0,023), mas não influenciou a evolução dos casos. Tampouco a presença de malformação de placa ductal influiu no prognóstico. Conclusões: a idade por ocasião da portoenterostomia foi o único fator que afetou o prognóstico dos casos de atresia biliar. É necessário maior número de pacientes para avaliar a influência da presença de anomalias congênitas extra-hepáticas associadas sobre a evolução pós-portoenterostomia.
ASSUNTO(S)
atresia biliar prognóstico pós-portoenterostomia fibrose hepática malformação de placa ductal
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