Fatores preditivos de risco de lombalgia crônica em mulheres: estudo de base populacional

AUTOR(ES)
FONTE

BrJP

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-09

RESUMO

RESUMO JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A dor lombar é uma condição comum em mulheres. Além disso, essa população apresenta maior risco de dor crônica. No entanto, os fatores associados à dor lombar crônica ainda são controversos. Assim, este estudo teve como objetivo avaliar os fatores de predisposição associados ao maior risco de dor lombar crônica. MÉTODOS: Foi realizado um estudo transversal de base populacional em uma amostra de 636 mulheres adultas brasileiras com idades entre 20 e 69 anos que relataram sintomas de dor lombar nas últimas duas semanas. O nível de risco de dor lombar crônica foi medido pela versão brasileira validada do escore Subgroups for Targeted Treatment (STarT). RESULTADOS: O risco de dor lombar crônica foi classificado como baixo, médio e alto em 330 (51,9%), 202 (31,8%) e 104 (16,4%) mulheres, respectivamente. Após os ajustes, os principais fatores associados ao maior risco de dor lombar crônica foram: idade de 50 anos ou mais (RC=2,67; IC95%: 1,43-4,96), baixa renda familiar (RC=2,23; IC95%: 1,34-3,72), 4 anos de estudo ou menos (RC=2,17; IC95%: 1,35-3,48), estilo de vida sedentário (RC=2,97; IC95%: 1,59-5,55), tabagismo (RC=1,61; IC95%: 1,07-2,44) e multiparidade (RC=2,84; IC95%: 1,45-5,57). A cor da pele, o estado civil e a obesidade não foram associados a um maior risco de dor lombar crônica. CONCLUSÃO: Este estudo indicou que os fatores de predisposição associados a um maior risco de lombalgia crônica em mulheres incluíram idade avançada, desvantagem socioeconômica, comportamentos de saúde inadequados e multiparidade.

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