Fatores determinantes da altura em meninas com puberdade precoce central idiopatica tratadas com analogo do GnRh
AUTOR(ES)
Luciane Bandeira Nunes Camargo
DATA DE PUBLICAÇÃO
2006
RESUMO
Introdução: Puberdade precoce central idiopática (PPCI) é uma disfunção que se caracteriza por sinais puberais em meninas menores de oito anos de idade, com aceleração da velocidade de crescimento e prejuízos para a altura final, devido à ativação precoce do eixo Hipotálamo-hipófise-ovariano (HHO). É tratada com análogo do GnRH (GnRHa), com o intuito de se obter menor perda de estatura na idade adulta e reduzir eventuais distúrbios psicológicos advindos do desenvolvimento puberal precoce. Entretanto, as respostas ao tratamento não são uniformes. Existem controvérsias a respeito de quais fatores poderiam influenciar na resposta ao tratamento, com maior ganho na altura. Objetivo: Detectar os fatores determinantes de maior ganho na estatura como resultado do tratamento com análogo do GnRH. Sujeito e métodos: Estudo de coorte retrospectivo avaliou 33 meninas, diagnóstico de PPCI, tratadas com GnRHa no Ambulatório de Ginecologia Endócrina do Departamento de Tocoginecologia/ CAISM/Unicamp. A coleta de dados foi realizada através de levantamento de prontuários médicos. Foram avaliadas as variáveis independentes: idade cronológica no início dos sintomas, idade cronológica no início do tratamento, tempo decorrido entre início de aparecimento dos caracteres puberais e início do tratamento, idade óssea, avanço de idade óssea, duração do tratamento com GnRHa, altura real e z score, altura predita e z-score no início do tratamento, dosagens hormonais de FSH e LH após teste de estímulo com GnRHa, que foram correlacionadas com a variável dependente ganho de altura predita no final do tratamento, calculada pela diferença entre altura predita no final e início do tratamento. Para análise estatística foi utilizada a correlação linear de Pearson, além da regressão linear múltipla. Resultados: A média de idade no início do tratamento era de 7,8±1,3 anos, com idade óssea média de 10,1±1,6 anos. O avanço de idade óssea era de 2,3±1,1 anos e foi controlado durante o tempo de tratamento. O ganho em altura predita com o tratamento foi de cerca de 3cm e correlacionou-se positivamente com a demora em instituir o tratamento e o avanço de idade óssea, e correlacionou-se negativamente com o z-score da altura no início do tratamento e com a altura predita no início do tratamento, sendo este o principal fator determinante do benefício do tratamento. Conclusão: Embora com diagnóstico tardio, as meninas com maior comprometimento ósseo e, portanto, da altura predita, beneficiaram-se mais com o tratamento, confirmando a indicação do uso do GnRHa
ASSUNTO(S)
children growth crianças - crescimento estatura gonadotrofinas stature bone growth ossos - crescimento
ACESSO AO ARTIGO
http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000397179Documentos Relacionados
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