Fatores de risco para mastite infecciosa em cabras leiteiras criadas no Estado da Bahia
AUTOR(ES)
Peixoto, R.M., Amanso, E.S., Cavalcante, M.B., Azevedo, S.S., Pinheiro Junior, J.W., Mota, R.A., Costa, M.M.
FONTE
Arq. Inst. Biol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2012-03
RESUMO
Objetivou-se neste estudo identificar os fatores de risco associados à mastite infecciosa ca-prina no sertão do Estado da Bahia. Foram visitadas 13 propriedades, totalizando 320 cabras em lactação e 640 metades mamárias. Amostras de leite foram coletadas após prévia antissepsia do teto e processadas utilizando-se as técnicas convencionais para o isolamento e identificação dos micro-organismos. Para o estudo dos fatores de risco foram aplicados questionários com perguntas referentes ao manejo sanitário dos rebanhos. A análise de fatores de risco foi efetuada em duas etapas: análise univariada e multivariada. A frequência de animais positivos para o exame microbiológico do leite foi de 29,06% (93/320), sendo que o percentual de amostras positivas foi de 18,44% (118/640). Foram isolados 118 micro-organismos, sendo o gênero Staphylococcus o mais frequente. Na análise univariada para fator de risco, quanto à variável assistência veterinária, os caprinos de propriedades sem assistência veterinária apresentaram maiores frequências de positividade para a mastite. Para a variável local de ordenha, observou-se que a positividade para a mastite foi menor quando se realizava a ordenha em plataforma. Na análise multivariada, observou-se que a predominância de animais mestiços constitui fator de risco para mastite (OR = 1,907; p = 0,010). Faz-se necessária a difusão de tecnologias direcionadas para melhoria das condições de higiene da ordenha, ambiente e do próprio ordenhador, objetivando a redução dos índices da mastite infecciosa nos rebanhos e consequentemente a garantia da qualidade sanitária dos produtos obtidos a partir do leite de cabra produzido em pequenas propriedades rurais.
ASSUNTO(S)
epidemiologia mastite pequenos ruminantes
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