Fatores de risco para estridor pós-extubação em crianças: o papel da cânula orotraqueal
AUTOR(ES)
Nascimento, Milena Siciliano, Prado, Cristiane, Troster, Eduardo Juan, Valério, Naiana, Alith, Marcela Batan, Almeida, João Fernando Lourenço de
FONTE
Einstein (São Paulo)
DATA DE PUBLICAÇÃO
09/06/2015
RESUMO
Objetivo Determinar os fatores de risco associados ao estridor, com especial atenção para o papel da cânula orotraqueal. Métodos Análise prospectiva de todos os pacientes entubados submetidos à ventilação mecânica no período de janeiro de 2008 a abril de 2011. Os fatores relevantes para estridor coletados foram idade, peso, tamanho e tipo da cânula orotraqueal, diagnóstico, e duração da ventilação mecânica. Os efeitos das variáveis sobre estridor foram avaliados utilizando modelos de regressão logística uni e multivariada. Resultados Foram incluídos 136 pacientes. A média de idade foi 1,4 ano (3 dias a 17 anos). O tempo médio de ventilação mecânica foi 73,5 horas. Apresentaram estridor após extubação 56 pacientes (41,2%). A taxa de reintubação foi de 19,6% e 12,5% em pacientes com ou sem estridor, respectivamente. A duração da ventilação mecânica (>72 horas) foi associada a um maior risco de estridor (odds ratio de 8,60; intervalo de confiança de 95% de 2,98-24,82; p<0,001). A presença da cânula orotraqueal não foi associada ao estridor (odds ratio de 0,98; intervalo de confiança de 95% de 0,46- 2,06; p=0,953). Conclusão O principal fator de risco para estridor após extubação em nossa população foi o tempo de ventilação mecânica. A presença da cânula orotraqueal não foi associada a maior risco de estridor, reforçando o uso de cânulas com balonete em crianças com dificuldade respiratória.
ASSUNTO(S)
sons respiratórios fatores de risco intubação intratraqueal/instrumentação criança
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