Fatores de risco para asfixia neonatal

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

1997

RESUMO

O objetivo deste estudo foi avaliar alguns fatores de risco para asfixia neonatal em recém-nascidos vivos com peso acima de 1000 gramas na Maternidade do Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (CAISM), da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), no período de janeiro de 1991 a dezembro de 1994. Foi realizado um estudo caso-controle emparelhado pelo peso, comparando-se 135 recém-nascidos com asfixia neonatal e 135 sem a doença. A asfixia foi diagnosticada pela presença de pelo menos três dos seguintes critérios: Apgar de quinto minuto menor que seis, necessidade de ventilação com pressão positiva com tubo endotraqueal por mais que um minuto ao nascimento, encefalopatia hipóxico-isquêmica e acometimento orgânico sistêmico no peíodo neonatal. Para avaliar a associação entre os fatores de risco maternos, obstétricos, perinatais e neonatais com a asfixia neonatal, foram realizadas análise bivariada e análise múltipla. Na análise bivariada, as variáveis estatisticamente significativas para asfixia foram: placenta prévia, parto cesárea, apresentação pélvica, sofrimento fetal, rotura prolongada de membranas, líquido amniótico meconial, purulento ou hemorrágico, oligoâmnio ou poliidrâmnio, uso de anestesia e anestesia geral, sexo masculino e idade gestacional menor que 37 semanas. Após a análise múltipla, o líquido amniótico não claro, a anestesia, oligoâmnio ou poliidrâmnio e número de consultas de pré-natal maior que seis, foram as únicas variáveis significativamente associadas à asfixia neonatal. Conclui-se que a asfixia neonatal tem risco multifatorial e que combinar esforços para prover cuidado pré-natal adequado, ótima assistência ao parto e nascimento e cuidado intensivo neonatal, poderia reduzir significativamente a morbidade e mortalidade neonatal nestas crianças

ASSUNTO(S)

asfixia recem-nascidos

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