Fatores de risco associados ao atraso no diagnóstico e mortalidade em pacientes com COVID-19 na cidade do Rio de Janeiro, Brasil
AUTOR(ES)
Cobre, Alexandre de Fátima; Böger, Beatriz; Fachi, Mariana Millan; Vilhena, Raquel de Oliveira; Domingos, Eric Luiz; Tonin, Fernanda Stumpf; Pontarolo, Roberto
FONTE
Ciênc. saúde coletiva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2020-10
RESUMO
Resumo Investigamos os preditores de atraso no diagnóstico e mortalidade de pacientes com COVID-19 no Rio de Janeiro, Brasil. Uma coorte de 3.656 pacientes foi avaliada (fevereiro-abril de 2020) e as características sociodemográficas dos pacientes, o bairro e o índice de desenvolvimento social (IDS) foram usados como fatores determinantes dos atrasos no diagnóstico e da mortalidade. Foram realizadas análises de sobrevivência de Kaplan-Meier, modelos de regressão Cox dependentes do tempo e análises de regressão logística multivariada. O tempo mediano desde o início dos sintomas até o diagnóstico foi de oito dias (intervalo interquartil [IQR] 7,23-8,99 dias). Metade dos pacientes se recuperou no período avaliado e 8,3% faleceram. As taxas de mortalidade foram maiores nos homens. Atrasos no diagnóstico foram associados ao sexo masculino (p = 0,015) e pacientes que moravam em áreas com baixo IDS (p < 0,001). As faixas etárias estatisticamente associadas à morte foram: 70-79 anos, 80-89 anos e 90-99 anos. Atrasos no diagnóstico superiores a oito dias também foram fatores de risco para óbito. Atrasos no diagnóstico e fatores de risco para morte por COVID-19 foram associados ao sexo masculino, idade abaixo de 60 anos e pacientes que vivem em regiões com menor IDS. Atrasos superiores a oito dias no diagnóstico aumentam as taxas de mortalidade.
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