Fatores de personalidade e percepção de risco podem predizer o comportamento de risco? Um estudo com universitários
AUTOR(ES)
Amanda Almeida Mundim-Masini
DATA DE PUBLICAÇÃO
2009
RESUMO
O risco é um construto subjetivo que possui diferentes sentidos para diferentes pessoas, assim como a percepção da sua probabilidade de ocorrência. Ele está sujeito às influências de diversos fatores psicológicos, sociais, institucionais e culturais. Apesar de a percepção de risco ser entendida como um processo analítico de informações, há necessidade de considerar também a influência de questões experienciais e do pensamento intuitivo, guiados por processos emocionais e afetivos. Comportamento de risco é qualquer ação que possui pelo menos uma consequência incerta, podendo ser positiva ou negativa. Desse modo, um dos objetivos da teoria da decisão é estudar e proporcionar estratégias de tomada de decisão sob condições de risco e incerteza, para que as pessoas consigam atingir satisfatoriamente seus objetivos e expectativas. Diante disto, o presente estudo tem como objetivo conhecer o impacto da personalidade e da percepção de risco sobre o comportamento de risco, bem como o impacto da personalidade sobre a percepção de risco. A pesquisa contou com uma amostra constituída por 122 estudantes universitários. Para verificar o relacionamento entre as variáveis, foram realizadas análises de correlação e de regressões múltipla e linear simples, além de análise de variância para verificar possíveis diferenças entre as médias das sub-amostras de estudantes de biomédicas, exatas e humanas. Os resultados obtidos apontam os traços de personalidade como melhores preditores do comportamento de risco do que os fatores de percepção de risco. Além disso, a personalidade também prediz consideravelmente a percepção de risco. A resposta afetiva ao risco, investigada neste estudo através dos traços de personalidade, exerce um papel significativo no processo de julgamento. Finalmente, não houve diferença significativa entre as sub-amostras quando comparadas nos fatores de cada uma das variáveis (traços de personalidade, comportamento de risco e percepção de risco), exceto no fator socialização, no qual os estudantes de biomédicas apresentaram uma média superior à média obtida pelos alunos de humanas e exatas. Os dados, no todo, oferecem fortes sugestões da necessidade de se considerar fatores cognitivos e afetivos no processo de tomada de decisão e julgamento sob risco.
ASSUNTO(S)
comportamento de risco comportamento humano risk perception percepção de risco personalidade psicologia processo decisório comportamento de risco (psicologia) risk behavior personality
ACESSO AO ARTIGO
http://www.bdtd.ufu.br//tde_busca/arquivo.php?codArquivo=2299Documentos Relacionados
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