Fatores associados com a escolha da terapia nos pacientes com doença inflamatória intestinal no Brasil
AUTOR(ES)
WU, Adhan Amenomori; BARROS, Jaqueline Ribeiro de; RAMDEEN, Madhoor; BAIMA, Julio Pinheiro; SAAD-HOSSNE, Rogerio; SASSAKI, Ligia Yukie
FONTE
Arq. Gastroenterol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2020-12
RESUMO
RESUMO CONTEXTO: A terapia biológica e os novos medicamentos revolucionaram o tratamento da doença inflamatória intestinal. A escolha do medicamento deve ser compartilhada com o paciente, visando maior satisfação, adesão e, consequentemente, desfecho clínico favorável. OBJETIVO: Este estudo teve como objetivo avaliar as preferências do paciente na escolha de sua terapia e os fatores que influenciaram essa escolha. MÉTODOS: Este estudo transversal incluiu 101 pacientes ambulatoriais com doença de Crohn ou retocolite ulcerativa. Os critérios de inclusão foram idade ≥18 anos e nenhuma exposição prévia à terapia biológica. A preferência dos pacientes foi avaliada por meio de perguntas que abordaram o modo de administração preferido (oral, subcutâneo ou intravenoso) e os fatores que determinaram a escolha do medicamento (eficácia, indicação médica, medo da injeção, conveniência, modo de aplicação e opinião pessoal do médico). RESULTADOS: A idade média foi de 43,6±13,5 anos, 75,3% eram mulheres e 81,2% eram portadores de retocolite ulcerativa. Em relação ao modo de administração, a maioria dos pacientes preferiu os medicamentos orais (87,1%), seguidos dos endovenosos (6,93%) e subcutâneos (5,94%). Os motivos foram “prefiro aplicar em casa” (42,57%), “tenho mais liberdade com essa medicação” (36,63%), “não gosto de autoaplicação” (29,70%) e “acredito que funcione melhor” (19,80%). Pacientes jovens e pacientes em atividade clínica preferiram a via intravenosa em comparação com a via oral (P<0,05). A opinião do médico (98%) foi um fator importante associado à escolha do medicamento. CONCLUSÃO: A via oral foi preferida e a maioria dos pacientes levou em consideração a opinião do seu médico na escolha do medicamento.
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