Fatores associados à obesidade em rodoviários da Região Metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. bras. epidemiol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

01/04/2019

RESUMO

RESUMO: Objetivo: Analisar os fatores demográficos, comportamentais e ocupacionais associados à obesidade em trabalhadores do transporte coletivo urbano de cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), Minas Gerais, Brasil. Método: Estudo transversal com 1.448 motoristas e cobradores da RMBH. Dados antropométricos, demográficos, comportamentais, de vínculo com a empresa e condições do ônibus foram coletados, em 2012, por meio de questionário aplicado face a face por entrevistador. Para o cálculo da obesidade, utilizou-se como ponto de corte o índice de massa corporal ≥ 30 kg/m2. Razões de prevalência (RP) e seus respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%) foram ajustados pela técnica de regressão multivariada de Poisson. Resultados: A prevalência da obesidade entre os trabalhadores foi de 16,1%. O sexo feminino (RP = 1,84; IC95% 1,37 - 2,49), estar nas faixas etárias dos 30 aos 39 anos (RP = 1,66; IC95% 1,17 - 2,37) e dos 40 aos 49 anos (RP = 1,59; IC95% 1,04 - 2,42), tempo no cargo de 5,01 a 10 anos (RP = 1,52; IC95% 1,04 - 2,42) e 20,01 a 47 anos (RP = 1,90; IC95% 1,21 - 3,00) e inatividade física (RP 1,32; IC95% 1,01 - 1,73) permaneceram independentemente associados à obesidade após o ajuste multivariado dos dados. Conclusão: Tais achados evidenciam a necessidade de considerar, nas discussões sobre promoção da saúde dos rodoviários, ações que incentivem a participação dos trabalhadores em atividades saudáveis, assim como a melhoria da organização e gestão do trabalho, para que este seja um promotor de saúde e bem-estar nesta população.ABSTRACT: Objective: To analyze the demographic, behavioral and occupational factors associated with obesity among urban collective transportation workers of the Metropolitan Region of Belo Horizonte, Minas Gerais State, Brazil. Method: This is a cross-sectional study conducted with 1,448 drivers and collectors in the Metropolitan Region of Belo Horizonte. Anthropometric, demographic, behavioral data, as well as participants’ link to the company and bus conditions were gathered in 2012 through a questionnaire applied by an interviewer. To calculate obesity, the body mass index cut off point was ≥ 30 kg/m2. Prevalence ratios (PR) and respective 95% confidence intervals (95%CI) were adjusted by Poisson’s multivariate regression. Results: The prevalence of obesity among urban collective transportation workers was 16.1%. Female sex (PR = 1.84; 95%CI 1.37 - 2.49), aging 30 to 39 years old (PR = 1.66; 95%CI 1.17 - 2.37) and 40 to 49 years old (PR = 1.59; 95%CI 1.04 - 2.42), being in the same job role from 5.01 to 10 years (PR = 1.52; 95%CI 1.04 - 2,42) and from 20.01 to 47 years (PR = 1.90; 95%CI 1.21 - 3.00), and physical inactivity (PR = 1.32; 95%CI 1.01 - 1.73) remained independently associated with obesity after multivariate adjustment data. Conclusion: These findings highlight the need to consider actions that encourage employees to participate in healthy activities when discussing health promotion for public transport workers, as well as actions to improve the organization and management of work, so it becomes a health and well-being feature for this population.

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