FATORES ASSOCIADOS À ESTRUTURA DA COMUNIDADE DE LIQUENS CORTICÍCOLAS CROSTOSOS EM DUAS ÁREAS DE CAATINGA NO ESTADO DE ALAGOAS. / FACTORS RELATED TO THE STRUCTURE OF LICHEN COMMUNITY CORTICICOLOUS CROSTOSOS IN TWO AREAS CAATINGA IN THE STATE OF ALAGOAS.

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

27/07/2012

RESUMO

Cerca de um quinto dos fungos encontrados na natureza estão em simbiose com algas e/ou cianobactérias, a maior parte destes fungos é do Filo Ascomycota, com alguns representantes Basidiomycota. A esta associação, considerada uma estratégia nutricional de sucesso, dá-se o nome de liquenização, e à estrutura formada neste processo, líquen. Nesta unidade biológica estável, o fungo é o micobionte e os organismos fotossintetizantes são os fotobiontes. A Caatinga é um bioma endêmico do semiárido brasileiro, dominado por tipos de vegetação com características xerofíticas e extratos compostos por gramíneas, arbustos e árvores. No Estado de Alagoas, a Caatinga ocupa uma área de 16.350km2 e, apesar de suas características extremas de temperatura e pluviosidade, abriga importantes grupos liquênicos ainda não devidamente estudados no Estado. Este trabalho foi realizado em duas áreas de Caatinga no sertão Alagoano, situadas no município de Santana do Ipanema. A primeira área é a R.P.P.N. Fazenda Cachoeira, na Serra da Tocaia, e a segunda é uma área antropizada, situada à 10 km do perímetro urbano, na Serra do Gugi. Os resultados do presente trabalho estão distribuídos em dois capítulos. O primeiro relaciona os grupos liquênicos registrados nas áreas de estudo, onde foram coletadas amostras de 60 forófitos hospedeiros, relaciona também dados ecológicos como elevação, diâmetro à altura do peito e pH da casca. Um total de 61 táxons foi identificado, distribuídos em 18 famílias e 34 gêneros. Destes, 01 é novo registro para a ciência; 08 representam novas ocorrências para a América Latina; 10 para o Brasil; 04 para o Nordeste e 49, para o Estado de Alagoas. No segundo capítulo, é apresentada a descrição de uma espécie nova para a ciência, Opegrapha caeruleohymeniata J.G. Cavalcante, Aptroot &M. Cáceres. O pioneirismo desta pesquisa e os dados levantados apontam para a necessidade de novos trabalhos na região que se mostra rica e inexplorada. Além disso, representa contribuição significativa para as pesquisas liquenológicas no país.

ASSUNTO(S)

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