Fator reumatóide-imunoglobulina E na artrite reumatóide juvenil
AUTOR(ES)
Ferreira, Rosa Aparecida, Ferriani, Virgínia Paes Leme, Sopelete, Mônica Camargo, Silva, Deise Aparecida Oliveira, Mineo, José Roberto, Kiss, Maria Helena Bittencourt, Silva, Carlos Henrique Martins
FONTE
Revista do Hospital das Clínicas
DATA DE PUBLICAÇÃO
2002-09
RESUMO
OBJETIVOS: Determinar os níveis séricos do fator reumatóide-imunoglobulina E na artrite reumatóide juvenil e correlacioná-los com parâmetros clínicos e laboratoriais. MÉTODOS: Estudo multicêntrico prospectivo, realizado entre janeiro de 1993 a janeiro de 1999 com participação de três centros de reumatologia pediátrica. Estudaram-se 91 crianças com o diagnóstico de artrite reumatóide juvenil de acordo com os critérios do Colégio Americano de Reumatologia: 38 (42%) com a forma de início sistêmica, 28 (31%) pauciarticular e 25 (27%) poliarticular. A idade variou de 2,1 a 22,6 anos (média de 10,5 ± 4,7 anos) e 59 (65%) crianças eram do sexo feminino. O grupo controle constituiu-se de 45 crianças sadias. A detecção do fator reumatóide-imunoglobulina E foi realizada através de um ensaio imunoenzimático. Associações do fator reumatóide-imunoglobulina E com: fator reumatóide-imunoglobulina M (látex), imunoglobulina E sérica total, VHS, FAN, classe funcional e radiológica III ou IV foram analisadas. RESULTADOS: Das 91 crianças com artrite reumatóide juvenil, quinze (16,5%) apresentaram fator reumatóide-imunoglobulina E positivo. Destas, 7(18,5%) na forma sistêmica, 5 (18%) na pauciarticular e 3 (12%) na poliarticular. Observou-se correlação estatisticamente significativa entre o fator reumatóide-imunoglobulina E e a média geométrica da imunoglobulina E sérica total no total dos pacientes com artrite reumatóide juvenil; não foi observada correlação estatística entre o fator reumatóide-imunoglobulina E e positividade para o Látex, VHS, FAN e classe funcional e radiológica 3 ou 4 em nenhuma das formas de início da doença. Dos 45 controles, 4 (8,9%) também apresentaram fator reumatóide-imunoglobulina E positivo, mas não houve correlação com a imunoglobulina E sérica total. CONCLUSÕES: O fator reumatóide-imunoglobulina E pode ser detectado em 16,5% dos pacientes com artrite reumatóide juvenil, especialmente naqueles com níveis elevados de imunoglobulina E sérica total. O fator reumatóide-imunoglobulina E parece não se associar com atividade ou gravidade da artrite reumatóide juvenil.
ASSUNTO(S)
fator reumatóide imunoglobulina e artrite reumatóide juvenil ensaio imunoenzimático
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