Família x internato misto confessional: compreensões do jovem interno acerca da abordagem da sexualidade na família e no internato

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

Este trabalho buscou conhecer a compreensão da abordagem da sexualidade tanto na família como na instituição que o aluno de um internato misto confessional/educacional tem, desde sua perspectiva e vivências, levando em consideração o contexto e sua influência sobre o desenvolvimento do jovem de 15 a 24 anos. A abordagem teórica foi a teoria bio-ecológica de Bronfenbrenner. Os instrumentos utilizados foram: observação in loco, entrevistas com os jovens do SOS solteiros; questionários semi-estruturados para jovens, pai, mãe, diretoria e preceptoria, configurando os seguintes participantes: 36 jovens entrevistados e 64 jovens que responderam ao questionário; toda a direção e preceptoria disponível do internato; 54 questionários respondidos por pai (N=25) e mãe (N=29) separadamente. A análise está ancorada nas seguintes problemáticas oriundas dos instrumentos utilizados: razões pelas quais os jovens estão no internato; quais foram as primeiras impressões; como se sentem atualmente; como é a vida no internato; como percebem as regras; que regras são difíceis de serem cumpridas; se já quebrou alguma regra, se alguma vez rompeu com as regras concernentes ao namoro e que sentimentos prevaleceram; quais foram as primeiras mudanças corporais que indicaram que já estavam deixando de ser crianças; com quem compartilhou estas mudanças; a família aborda o tema da sexualidade; como é abordado o tema em família; o internato aborda o tema; como o internato tem falado sobre o tema; se já manteve relações sexuais antes de vir ao internato; se manteve relações no internato e quais os sentimentos prevalecentes; se os diretores fizeram algum curso preparatório para trabalhar na área em que atuam; se a direção considera que as regras estão atualizadas; o que vem a ser sexualidade; como são feitos os programas de educação e orientação sexual; como é a relação deles com os jovens; a direção está capacitada para responder sobre a temática; porque os pais trouxeram os filhos para o internato confessional misto; como é abordado o tema da sexualidade na família; como o pai fala da relação sexual com o filho homem e com a filha mulher; como a mãe fala da relação sexual com o filho homem e com a filha mulher; se os pais conhecem a vida sexual de seus filhos. Concluiu-se haver concordância entre o que os jovens falaram acerca da direção, preceptoria e pais: ninguém aborda o tema da sexualidade. As descobertas nesta área têm sido feitas junto aos pares, sem a mediação da família e da instituição e de seus princípios e valores, verificando-se uma prática sexual ativa por parte de alguns dos que participaram do estudo, em locais inadequados e sem consideração pelas conseqüências.

ASSUNTO(S)

jovem família psicologia do desenvolvimento humano sexualidade internato

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