Fadiga na doença de Parkinson: validação brasileira da escala modificada de impacto da fadiga

AUTOR(ES)
FONTE

Arq. Neuro-Psiquiatr.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-08

RESUMO

RESUMO Introdução: Os instrumentos que mensuram o impacto da fadiga nos aspectos físicos, cognitivos e psicossociais ainda não foram validados na população brasileira com doença de Parkinson (DP). O objetivo deste estudo foi adaptar culturalmente e avaliar as propriedades psicométricas da versão brasileira da escala modificada de impacto da fadiga (MFIS-PD/BR). Métodos: Setenta indivíduos com DP foram recrutados. A adaptação do MFIS-PD foi realizada pela metodologia de tradução e retrotradução. Na análise psicométrica foi realizada a administração de questionário socioclínico, Miniexame do estado mental (Mini-Mental State Examination - MMSE), Escala Unificada de Avaliação da DP (Unified Parkinson’s Disease Rating Scale - UPDRS Parte I-IV), escala de incapacidade Hoehn-Yahr (HY), escala hospitalar de ansiedade e depressão (Hospital Anxiety and Depression Scale - HADS), escala de depressão geriátrica (Geriatric Depression Scale - GDS), escala de gravidade da fadiga (Fatigue Severity Scale - FSS), escala de fadiga de Parkinson (Parkinson Fatigue Scale - PFS-16) e a MFIS-PD/BR com reteste após 7 dias. Resultados: A fase de adaptação manteve os mesmos itens do MFIS-PD original. O coeficiente alfa de Cronbach para o MFIS-PD/BR foi de 0,878 quando todos os itens das respostas foram pontuados. Os coeficientes de correlação intraclasse teste-reteste foram superiores a 0,80 (p<0,01) para o escore MFIS-PD/BR, que foi moderadamente correlacionado com o escore HADS, GDS, MDS-UPDRS, total e aspectos não-motores da vida diária, FSS e PFS-16. Foi revelado o ponto de corte do MFIS-PD/BR>29 pontos para indicar indivíduos fatigados com acurácia de 0,835 (p<0,001). Conclusões: O MFIS-PD/BR é válido e reprodutível para a avaliação do sintoma de fadiga em indivíduos brasileiros com DP.

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