Facebook® como Ferramenta Pedagógica em Saúde Coletiva: Integrando Formação Médica e Educação em Saúde

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. bras. educ. med.

DATA DE PUBLICAÇÃO

13/01/2020

RESUMO

RESUMO As mídias sociais conquistaram significativa importância na vida dos jovens contemporâneos, tanto no âmbito pessoal – para informação, divertimento – quanto no coletivo – para se projetarem como seres sociais e compartilharem informações com várias pessoas quase que instantaneamente. Diante disso, docentes da unidade curricular Saúde Coletiva III do curso de Medicina em uma universidade pública de Minas Gerais perceberam a influência do Facebook® na vida dos discentes e utilizaram-no para atingir objetivos de aprendizagem de conceitos e aplicações práticas de promoção em saúde e prevenção de agravos com a comunidade. A experiência foi conduzida durante dois semestres letivos consecutivos, por duas diferentes turmas do curso. Foi criada uma página do Facebook® com a finalidade de promover a saúde da população por meio de postagens criativas, críticas e acessíveis. Os acadêmicos tornaram-se protagonistas da atividade, uma vez que a escolha das temáticas, a busca ativa por fontes científicas de qualidade, a responsabilidade por cada postagem e o gerenciamento da página foram atribuídos a eles, sendo supervisionados pelos docentes. Obteve-se a interação com a comunidade para além da acadêmica, já que a página foi divulgada para atingir a população como um todo, contribuindo para a educação em saúde e consequentemente para a autonomia do cuidado pelos indivíduos. Dessa forma, as postagens dos discentes alcançaram muitos cidadãos, os quais, além de acessarem informações relevantes sobre saúde, podiam tirar dúvidas e fazer comentários sobre o tema. Portanto, a vivência permitiu o desenvolvimento de competências como Comunicação, Liderança, Atenção à Saúde e Administração e Gerenciamento, preconizadas nas Diretrizes Curriculares Nacionais. Entretanto, existem algumas limitações, como a necessidade de acesso à internet e a smartphones. À luz da vivência, pôde-se concluir que o uso de mídias sociais no curso de Medicina é uma forma efetiva de desenvolvimento de competências e de ampliação e consolidação do conhecimento, sendo os acadêmicos sujeitos fundamentais nesse processo, uma vez que a participação ativa deles é requisitada. Dessa forma, é proposta a replicação dessa experiência em outros ambientes de ensino-aprendizagem em Saúde, não somente pelo curso de Medicina, especialmente com utilização desse recurso pela Atenção Básica, favorecendo a formação de profissionais mais comprometidos com o cuidado integrado da população, em consonância com os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS).ABSTRACT Social media has gained significant importance in the lives of contemporary youth, both personally - for information, entertainment, and collectively - to project themselves as social beings and to share information with several people almost instantly. Thus, professors of Public Health curricular unit III, from the Medical School of a public university in Minas Gerais perceived the influence of Facebook® in the lives of students and used it to achieve concept learning objectives and practical applications of health promotion and prevention with the community. The experiment was conducted during two consecutive semesters, by two different classes of the course. A Facebook® page was created to promote the health of the population through creative, critical and accessible posts. The undergraduate students became the protagonists of the activity, since the choice of topics, the active search for high-quality scientific sources, responsibility for each post and page management were attributed to them, while they were supervised by the professors. Interaction with the non-academic community was obtained, since the page was divulged to reach all the population, contributing to health education and consequent autonomy of care by the individuals. Thus, the students’ posts reached many citizens, who, in addition to accessing relevant health information, could ask questions and make comments on the topic. Therefore, the experience allowed the development of skills such as Communication, Leadership, Health Care and Administration and Management, as recommended in the National Guideline for Undergraduate Medical Education. However, there are some limitations, such as the need to have access to the Internet and smartphones. Considering the experience, it was concluded that the use of social media in the medical course is an effective way of developing skills and expanding and consolidating knowledge, with the undergraduate students being central to this process, since their active participation is required. Thus, it is proposed to replicate this experience in other teaching-learning environments in Health, not only in Medical Schools, especially with the use of this resource by Primary Health Care, allowing the formation of professionals more committed to the integrated care of the population, in agreement with the principles of the Unified Health System (SUS).

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