F*da-se a polícia! Formações estatais antinegras, mitos da fragilidade policial e a urgência de uma antropologia da abolição
AUTOR(ES)
Alves, Jaime A.
FONTE
Dilemas: Revista de Estudos de Conflito e Controle Social
DATA DE PUBLICAÇÃO
2022
RESUMO
O Brasil, país com as maiores taxas de civis mortos pelas forças públicas, tem registrado uma proliferação de estudos antropológicos sobre violência e cultura policial nas últimas décadas. Não só antropólogas e antropólogos dedicam cada vez mais atenção aos desafios e possibilidades do “policiamento democrático”, como os próprios agentes têm se tornado etnógrafos - ou pelo menos empregam algumas das técnicas da etnografia - em suas tentativas de fornecer relatos “privilegiados” do trabalho policial. Este artigo se concentra não tanto nas vítimas paradigmáticas do terror policial no Brasil, mas no papel crítico que a etnografia urbana pode desempenhar na desmistificação da “guerra à polícia” e no avanço de um movimento intelectual insurgente pela abolição dessa instituição moderna moralmente indefensável.
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