Evolução e Prognóstico da Regurgitação Paravalvar Após Implante de Valva Aórtica Transcateter
AUTOR(ES)
Meneguz-Moreno, Rafael Alexandre, Castro-Filho, Antônio de, Ramos, Auristela Isabel de Oliveira, Zumarraga, Mayra, Bihan, David Le, Barretto, Rodrigo, Siqueira, Dimytri Alexandre de Alvim, Abizaid, Alexandre Antonio Cunha, Sousa, Amanda Guerra de Moraes Rego, Sousa, J. Eduardo
FONTE
Arq. Bras. Cardiol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
13/11/2017
RESUMO
Resumo Fundamento: O impacto da regurgitação paravalvular (RPV) após implante de valva aórtica transcateter (TAVI) permanece incerto. Objetivo: Analisar o impacto da RPV na mortalidade e re-hospitalização 1 ano após o TAVI. Métodos: Entre janeiro de 2009 e junho de 2015, 251 pacientes foram submetidos ao TAVI em dois centros cardiológicos com 3 diferentes próteses. Os pacientes foram analisados de acordo com a gravidade da RPV pós-procedimento. Resultados: RPV foi classificada como ausente/mínima ou discreta em 92,0% (n=242) dos pacientes e moderada/grave em 7,1% (n = 18). Os pacientes com RPV moderada/importante apresentaram maior grau de calcificação aórtica (22,0% vs. 6,0%; p = 0,03), creatinina sérica (1,53 ± 0,71 vs. 1,18 ± 0,43 mg/dL; p = 0,01), menor área valvar aórtica (0,61 ± 0,12 vs. 0.69 ± 0,17 cm2; p = 0,05) e menor fração de ejeção do ventrículo esquerdo (49,17±14,79% vs. 58,82±12,14%; p = 0,009). Nos pacientes com RPV moderada/importante a necessidade de pós-dilatação foi maior (p = 0,025) e eventualmente com balão de diâmetro maior (p = 0,04). Ao final de 1 ano, a mortalidade por todas as causas foi similar em ambos os grupos (16,7% vs. 12,0%; p = 0,08), assim como re-hospitalização (11,1% vs. 7,3%; p = 0,91). O grau de RPV ao longo do primeiro ano reduziu progressivamente (p < 0,01). A presença de RPV moderada/importante não foi associada a maiores taxas de mortalidade em 1 ano [RR (risco relativo): 0,76; IC (intervalo de confiança) 95%: 0,27-2,13; p = 0,864)], re-hospitalização (RR: 1,08; IC 95%: 0,25-4,69; p = 0,915) ou desfecho combinado (RR: 0,77; IC 95%: 0,28-2,13; p = 0,61). Conclusões: Nesta amostra, a presença de regurgitação paravalvular moderada/importante não foi um preditor de mortalidade ou reinternação a longo prazo. (Arq Bras Cardiol. 2017; [online].ahead print, PP.0-0)
ASSUNTO(S)
insuficiência da valva aórtica / complicações implante de prótese de valva aórtica prognóstico mortalidade
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