Evolução da taxa de incidência de depressão e do desemprego em Portugal entre 1995–2013: dados da Rede Médicos Sentinela
AUTOR(ES)
Rodrigues, Ana Paula, Sousa-Uva, Mafalda, Fonseca, Rita, Marques, Sara, Pina, Nuno, Matias-Dias, Carlos
FONTE
Rev. Saúde Pública
DATA DE PUBLICAÇÃO
17/11/2017
RESUMO
RESUMO OBJECTIVO Quantificar, para ambos os sexos, a correlação entre a taxa de incidência de depressão e a taxa de desemprego, em Portugal, entre 1995 e 2013. MÉTODOS Foi desenvolvido um estudo ecológico no qual se correlacionou a evolução das taxas de incidência de depressão estimadas pela Rede Médicos Sentinela e as taxas de desemprego anuais disponibilizadas pelo Instituto Nacional de Estatística em publicações oficiais. RESULTADOS Observou-se uma correlação positiva entre taxa de incidência de depressão e taxa de desemprego em Portugal, sendo esta significativa apenas para o sexo masculino (R2 = 0,83; p = 0,04). Estimou-se, para este sexo, um aumento de 37 novos casos de depressão por 100.000 habitantes a cada 1% de aumento da taxa de desemprego entre 1995 e 2013. CONCLUSÕES Embora o desenho do estudo não permita o estabelecimento de uma relação causal entre desemprego e depressão, os resultados obtidos sugerem que a evolução do desemprego em Portugal poderá ter tido um impacto não desprezável no nível de saúde mental dos portugueses, em especial no sexo masculino.
ASSUNTO(S)
depressão, epidemiologia desemprego fatores socioeconómicos estudos ecológicos
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