Evolução clínica de pacientes diabéticos tratados por intervenção coronária percutânea utilizando stents com e sem eluição de fármacos
AUTOR(ES)
Lamas, Edgar Stroppa, Castro Filho, Antonio de, Centemero, Marinella Patrizia, Iwace, Henrique Chigueo, Feres, Fausto, Staico, Rodolfo, SiqueiraI, Dimytri, Costa Jr., J. Ribamar, Costa, Ricardo, Chamié, Daniel, Chaves, Áurea J., Sousa, Amanda G. M. R., Abizaid, Alexandre
FONTE
Rev. Bras. Cardiol. Invasiva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2013-12
RESUMO
INTRODUÇÃO: A revascularização percutânea de diabéticos é frequente e a utilização de stents farmacológicos (SF) é desejável, pois estes reduzem a reestenose e a necessidade de nova revascularização. O objetivo desse estudo foi comparar os resultados clínicos de longo prazo entre diabéticos tratados com e sem SF. MÉTODOS: Analisou-se uma coorte consecutiva de diabéticos submetidos à intervenção coronária percutânea (ICP) entre janeiro de 2009 e dezembro de 2012, em hospital terciário da rede pública. Esses pacientes foram acompanhados prospectivamente. RESULTADOS: Avaliamos 939 diabéticos, sendo 359 (38,3%) tratados com SF e 580 (61,7%) tratados com stents não farmacológicos (SNF). A taxa de eventos cardiovasculares adversos maiores (ECAM) em 12,6 ± 3,4 meses foi maior no grupo SNF (9,5% vs. 14,8%; risco relativo - RR = 1,56; intervalo de confiança de 95% - IC 95% 1,07-2,27; P = 0,02), assim como o óbito (2,8% vs. 6,7%; RR = 2,41; IC 95% 1,22-4,77; P < 0,01) e a revascularização do vaso alvo (3,9% vs. 7,2%; RR = 1,85; IC 95% 1,03-3,35; P = 0,04). Não foram observadas diferenças na incidência de infarto do miocárdio (1,7% vs. 0,5%; RR = 0,30; IC 95% 0,07-1,23; P = 0,08) ou acidente vascular encefálico (1,1% vs. 0,2%; RR = 0,15; IC 95% 0,01-1,37; P = 0,07). A análise multivariada revelou que a doença renal crônica (RR = 2,05; IC 95% 1,40-2,98; P < 0,01) e a síndrome coronária aguda (RR = 2,08; IC 95% 1,42-3,02; P < 0,01) foram os únicos preditores independentes de ECAM. CONCLUSÕES: Em pacientes diabéticos não selecionados, a evolução clínica tardia foi pior para os tratados com SNF. Após o ajuste das variáveis de confusão, o uso de SF não se mostrou preditor independente da redução de ECAM.
ASSUNTO(S)
intervenção coronária percutânea diabetes mellitus stents farmacológicos doença da artéria coronariana
Documentos Relacionados
- Influência dos stents farmacológicos na seleção de pacientes diabéticos tratados por meio de intervenção coronária percutânea
- Intervenção coronária percutânea em diabéticos tratados com insulina
- Evolução tardia após intervenção coronária percutânea com stents farmacológicos em pacientes diabéticos do Registro DESIRE (Drug-Eluting Stents In the REal world)
- Evolução clínica tardia de pacientes multiarteriais tratados por revascularização percutânea e cirúrgica
- Impacto do Escore SYNTAX no Prognóstico de Pacientes com Doença Multiarterial Tratados por Intervenção Coronária Percutânea