Evaluation of antimicrobial resistance os Staphylococcus aureus and viridans streptococci of patients at risk for infecrive endocarditis / Avaliação da resistencia a antimicrobianos de Staphylococcus aureus e estreptococos grupo Viridans de pacientes com risco a endocartide infecciosa

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

A endocardite infecciosa (EI) é uma infecção grave das válvulas cardíacas, do endocárdio mural e de septos defeituosos, provocada principalmente pelos Staphylococcus aureus e pelos estreptococos grupo viridans. O objetivo deste trabalho foi verificar a resistência aos antimicrobianos de cepas de Staphylococcus aureus e estreptococos grupo viridans provindas de 100 voluntários, sendo 60 adultos (16 a 75 anos) que foram divididos em três grupos: saudáveis (grupo 1), cardiopatas de baixo risco (grupo 2) e cardiopatas de alto risco (grupo 3) para EI e 40 crianças (6 a 14 anos) que foram divididas em dois grupos: saudáveis (grupo 1) e cardiopatas de alto risco (grupo 2) para EI. Além disso, os voluntários dos grupos 2 e 3 e os responsáveis pelas crianças do grupo 2 responderam a um formulário sobre os riscos da EI e sua profilaxia. Amostras de saliva (diluídas 1: 1000) foram inoculadas em Mitis Salivarius agar e incubadas em microaerofilia durante 48 h. Amostras de pele (swab) foram inoculadas em Sal Manitol agar e incubadas em aerobiose durante 24 h. Após testes bioquímicos, os estreptococos grupo viridans e os Staphylococcus aureus foram identificados e submetidos a testes de susceptibilidade microbiológica empregando-se agentes antimicrobianos. Dos voluntários adultos, foram isoladas 186 cepas, 58 do grupo 1, 62 do grupo 2 e 66 do grupo 3. Dentre os estreptococos a espécie S. mitis foi a mais cQmum. A cepa mais resistente contra as penicilinas (amoxicilina, ampicilina, meticilina e oxaci li na) foi a do S. aureus isolada dos grupos 2 (57,90/0) e 3 (800/0). Considerando os grupos 2 e 3: 21 voluntários (52,5%) tinham conhecimento sobre sua doença, entretanto, somente 12,5% sabiam o significado de EI. Dezessete voluntários (42,5%) sabiam sobre a antibioticoprofilaxia antes de algum procedimento dental e 10 voluntários nomearam a amoxicilina como o principal antibiótico para a profilaxia. Trinta e cinco voluntários não receberam informações dos médicos ou dentistas sobre a importância da saúde oral para prevenir a EI. A maior parte (60%) disse ter visitado.o dentista pela última vez há mais de 1 ano. Trinta e cinco porcento afirmou apresentar algum tipo de doença oral (gengivite, cárie, etc.). Dos voluntários pediátricos, foram isoladas 98 colônias, 51 do grupo 1 e 47 do grupo 2. A espécie mais isolada foi Streptococcus pneumoniae: 23,4% e 25,5% nos grupos 1 e 2, respectivamente. S. aureus corresponderam a 36,2% e 31,9% nos grupos 1e 2, respectivamente. Quatorze responsáveis (700/0) tinham conhecimento sobre a doença de suas crianças; entretanto, somente 15% sabia o significado de "endocardite infecciosa". Onze responsáveis (55%) sabiam sobre a antibioticoprofilaxia antes de algum procedimento dental, e 10 responsávies nomearam a amoxicilina como o principal antibiótico para a profilaxia. Dezesseis responsáveis (80%) não receberam informações dos médicos ou dentistas sobre a importância da saúde oral para prevenir a EI. A maioria (40%) disse que a criança visitou o dentista pela última vez há 6 meses. Concluímos que, de acordo com o perfil de resistência das cepas de estregtococos orais, a amoxicilina é o agente antimicrobiano de primeira escolha para a profilaxia da EI. É clara a necessidade ~ de oferecer informações sobre a EI para os pacientes afetados por doenças cardíacas ou para seus responsáveis

ASSUNTO(S)

streptococci viridans endocarditis endocardite viridans streptococci

Documentos Relacionados