Estudo experimental do comportamento de fundações escavadas em solos tropicais. / Experimental study of the behavior of bored pile foundations founded in tropical soils

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

Neste trabalho, objetivou-se ampliar o entendimento a respeito da capacidade de suporte e da relação carga-deslocamento de fundações profundas tipicamente empregadas no D.F., a saber, estacas escavadas, tubulões e estacas do tipo hélice contínua. Assim, realizou-se um estudo experimental e numérico do comportamento dessas fundações. Usaram-se resultados de ensaios tipo SPT e CPT como forma de verificação das análises de capacidade de suporte propostas. Além disso, fizeram-se análises em estaca hélice contínua (isolada e em grupos) da capacidade de suporte por métodos que empregam o ensaio SPT. Utilizou-se da metodologia de Fleming (1992) na análise da relação carga-deslocamento das provas de carga. Essa metodologia, que adota funções hiperbólicas para representar a relação carga-deslocamento, tanto do fuste quanto da base, mostrou-se adequada, sobretudo na estimativa da carga de trabalho. Devido à sua simplicidade e fácil aplicação, sua utilização em projetos é, portanto, sugerida. Propôs-se ainda uma adaptação do método de Paikowsky para estimar a carga limite de fundações escavadas a partir de provas de cargas que não foram levadas à condição de ruptura. O método proposto baseia-se nas metodologias de Chin e Davisson, cujo valor da carga limite está associado a um certo valor de deslocamento. Observa-se que não se trata de um método de extrapolação da curva carga-deslocamento. Os resultados, em termos de carga e deslocamento, mostraram-se realistas e satisfatórios, em especial para os deslocamentos associados à carga limite. Avaliou-se também a influência da tensão residual nos resultados de provas de carga instrumentadas. Para esse fim, utilizou-se do software Unipile. Observou-se que negligenciar o efeito da tensão residual conduz a erros na interpretação das cargas em profundidade. Por exemplo, as cargas estimadas na base são menores, enquanto que as do fuste são maiores quando comparadas com a distribuição real obtidas de provas de carga vertical. Por fim, realizaram-se análises numéricas numa estaca escavada e num tubulão executados no Campo Experimental da UnB. Neste caso, utilizou-se tanto de funções de transferência de carga quanto dos softwares Geo4 (módulo Piles) e Plaxis 2D. Os resultados mostraram-se satisfatórios em particular na estimativa da carga de trabalho.

ASSUNTO(S)

capacidade de carga estaca hélice contínua fundações (engenharia) ensaio cpt e spt mecânica dos solos engenharia civil solos não saturados

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