Estudo dos efeitos cardiovasculares do Ãleo essencial do Ocimum gratissimum e de seu principal constituinte, Eugenol, em ratos hipertensos DOCA-sal, acordados

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

Os efeitos cardiovasculares do tratamento intravenoso (i.v.) com o Ãleo essencial do Ocimum gratissimum L. (Labiatae) (OEOG) e seu principal constituinte, eugenol (EUG) foram investigados no modelo experimental de ratos com hipertensÃo induzida por deoxicorticosterona (DOCA-sal). Em ratos hipertensos DOCA-sal e seus controles uninefrectomizados, injeÃÃes em bolus de OEOG (1-20 mg/kg) ou EUG (1-10 mg/kg) induziram hipotensÃo e bradicardia dose-dependentes. O tratamento com DOCA-sal aumentou significativamente as reduÃÃes mÃximas da pressÃo arterial induzidas por hexametÃnio (30 mg/kg, i.v.) bem como as respostas hipotensoras induzidas pelo OEOG ou pelo EUG sem afetar a bradicardia. Todavia, o aumento da hipotensÃo induzida pelo OEOG em ratos hipertensos, nÃo foi afetado pelo prÃ-tratmento i.v. com hexametÃnio (30 mg/kg), propranolol (2 mg/kg) ou metilatropina (1 mg/kg). Estes resultados mostram que o tratamento i.v. com OEOG ou EUG reduz a pressÃo arterial de maneira dose-dependente, em ratos hipertensos DOCA-sal acordados e esta aÃÃo à aumentada quando comparada com os controles uninefrectomizados. O efeito hipotensor, parece estar mais relacionado ao relaxamento vascular ativo do que a reduÃÃo do efluxo do tÃnus simpÃtico para os vasos. Para corroborar esta hipÃtese, foram estudados os efeitos vasculares do OEOG e seu principal constituinte, EUG , e os possÃveis mecanismos envolvidos nestes efeitos. Em preparaÃÃes de aorta isolada, de ratos hipertensos DOCA-sal com endotÃlio, prÃ-contraÃdas com fenilefrina, o OEOG (1-1000 μg/mL) e EUG (0,006-6 mM) induziram relaxamento similar com valores de IC50 (mÃdia geomÃtrica  95% intervalo de confianÃa) de 226,9 [147,8-348,3] μg/mL e 1,2 [0,6-2,1] mM, respectivamente. O efeito vasorrelaxante do OEOG foi significativamente reduzido pela remoÃÃo do endotÃlio (IC50 = 417,2 [349,5-497,8] μg/mL). Em meio livre de cÃlcio, as contraÃÃes induzidas por Ca2+ foram significativamente reduzidas e abolidas por concentraÃÃes de 300 e 1000 μg/mL de OEOG respectivamente, enquanto a concentraÃÃo de 1000 μg/mL nÃo teve efeito significativo sobre as contraÃÃes induzidas por cafeÃna. Resultados similares foram obtidos com o EUG (1,8 e 6 mM) tanto na contraÃÃo induzida por CaCl2 quanto naquela induzida por cafeÃna. Os dados sugerem que em ratos hipertensos DOCA-sal a resposta hipotensora para o OEOG à principalmente devido a um relaxamento vascular ativo, o qual à parcialmente dependente da integridade do endotÃlio vascular e parece ser predominantemente mediado por uma inibiÃÃo do influxo do Ca2+ plasmÃtico do que por uma inibiÃÃo da liberaÃÃo do Ca2+ do retÃculo sarcoplasmÃtico induzindo por Ca2+. Seria de grande interesse estudar os efeitos cardiovasculares do OEOG e de seu principal constituinte EUG, em outro modelo de hipertensÃo como SHR

ASSUNTO(S)

eugenol ocimum gratissimum Ãleo essencial efeito miorrelaxante fisiologia hipertensÃo ocimum gratissimum essential oil hypotension myorelaxant effect isolated thoracic aorta eugenol aorta torÃcica isolada

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