Estudo dos efeitos cardiopulmonares e antinociceptivos da administração epidural de bupivacaína à altura da primeira vértebra lombar em cães acordados
AUTOR(ES)
Silva, P.E.S., Nunes, N., Gering, A.P., Prada, T.C., Simões, A.P.R., Bompadre, T.F.V., Castro, R.V.G., Paula, D.P.
FONTE
Arq. Bras. Med. Vet. Zootec.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2016-12
RESUMO
RESUMO O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da administração epidural de bupivacaína à altura da primeira vértebra lombar sobre variáveis cardiopulmonares, hemogasometria arterial e antinocicepção. Dezesseis cadelas foram separadas aleatoriamente em dois grupos que se diferenciaram pela dose de bupivacaína, 1mg/kg (G1) ou 2mg/kg (G2), diluídas no mesmo volume final (1mL/4kg). As variáveis cardiopulmonares e hemogasometria arterial foram coletadas antes (T0) e após 10 minutos da administração intravenosa de 0,4mg/kg de butorfanol (T1). A anestesia foi induzida com 2mg/kg de etomidato intravenoso para introdução do cateter epidural. Após 30 minutos, a bupivacaína foi administrada e, passados 10 minutos, nova coleta de parâmetros foi feita, sendo repetida a cada 10 minutos (T2 a T6). Após cinco minutos da administração de bupivacaína, iniciou-se a avaliação da antinocicepção pré-cirúrgica, repetida a cada cinco minutos durante 30 minutos. Então, iniciou-se a cirurgia de ovário-histerectomia, na qual se avaliou a antinocicepção transcirúrgica em cinco momentos. Os resultados paramétricos foram analisados pelo software SAS 9.4 (2010), utilizando-se o teste F com significância menor que 0,05. Houve diferença entre as médias dos grupos após administração de bupivacaína apenas para bicarbonato em T6 (P=0.0198), sendo 18,7±1,3 e 20,4±0,8 as médias do G1 e G2, respectivamente. Desde T1, os grupos apresentaram valores de pH, excesso de bases, pressão parcial de gás carbônico no sangue arterial e tensão de dióxido de carbono ao final da expiração pouco abaixo do fisiológico, sugerindo acidose metabólica discreta. O G2 apresentou efeito antinociceptivo pré e transcirúrgico superior ao G1. Foi possível realizar a cirurgia em 87,5% das cadelas do G2 e em 25% das cadelas do G1. Concluiu-se que as duas doses de bupivacaína avaliadas não acarretam alterações importantes nos parâmetros fisiológicos estudados e a dose de 2mg/kg determina melhor efeito antinociceptivo que a dose de 1mg/kg.
ASSUNTO(S)
anestesia regional bupivacaína cão cateter epidural
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