Estudo dos distúrbios da defecação em pacientes idosos

AUTOR(ES)
FONTE

J. Coloproctol. (Rio J.)

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-09

RESUMO

Resumo Introdução: Os distúrbios da evacuação, seja a incontinência anal ou a constipação intestinal crônica, representam alterações do assoalho pélvico bastante frequente na população em geral e mais comumente naqueles com fatores de risco, ou seja, em idosos, mulheres com passado obstétrico, comorbidades, antecedente de radioterapia pélvica, diabéticos, acamados, história de cirurgias orificiais, dentre outros. Objetivo: Analisar a incidência de distúrbios defecatórios em pacientes geriátricos atendidos no Ambulatório de Especialidades Médicas (AME) do Hospital Santa Marcelina. Metodologia: Estudo prospectivo e aleatório com a entrevista do mesmo paciente em dois momentos: 1) Anamnese subjetiva através da história espontânea e 2) Anamnese objetiva com questionários específicos para avaliação de incontinência anal e constipação intestinal crônica. Resultados: Foram analisados 149 pacientes entre Março de 2016 e Junho de 2017, sendo 114 (76,5%) do sexo feminino com média de idade semelhante entre os sexos; 51,67% apresentavam sintomas de incontinência anal e/ou constipação intestinal crônica. Apenas 35,5% dos pacientes com queixas de escape de fezes ou flatos relataram de forma espontânea e 87,1% dos pacientes constipados o fizeram. No presente estudo não se verificou correlação significativa entre via de parto p = 0,106, gestação p = 0,099 e número de partos p = 0,126 com incontinência anal. Por outro lado, não se verificou maior incidência de constipação intestinal crônica no sexo feminino p = 0,099 e a maioria dos pacientes com essa queixa apresentavam fezes ressecadas tipo Bristol 1 ou 2. Conclusão: Incidência de distúrbios da defecação na população geriátrica é elevada e, notadamente a IA não é referida de forma espontânea pela maioria dos pacientes.

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