Estudo do controle fotoperiodico e hormonal da floração em Solidago X luteus

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

1997

RESUMO

O efeito do fotoperíodo sobre o desenvolvimento vegetativo e a indução floral em Aster ericoides cv. Montecasino, Solidago chilensis M. e Solidago x luteus foi estudado em experimentos preliminares. Verificou-se que, de forma geral, os DL (20h) promoveram a indução floral e o aumento no número de ramificações laterais e de folhas, ao passo que, sob DC (8h) , as plantas de S. chilensis permaneceram em roseta, as de S. x luteus tiveram indução e antese floral, enquanto que em A. ericoides havia plantas em roseta e plantas induzidas. Em experimento sazonal com s. x luteus em diferentes fotoperíodos observou-se interação fotoperíodo-temperatura, pois, em fotoperíodos curtos (8h a 14h) e em NI prevaleceu o efeito da temperatura, permanecendo as plantas em roseta em "temperaturas baixas" (outono-inverno) e havendo indução floral em "temperaturas altas" (verão-outono), porém, com altura de caule inferior a 0,45m; ao passo que, em fotoperíodos longos(16h, 18h, 20h e LC), prevaleceu o efeito de indução floral do fotoperíodo, havendo alongamento caulinar próximo a O,90m mesmo em "temperaturas baixas". O tratamento de vernalização das estacas manteve as plantas em roseta em DC e retardou a indução floral nas plantas sob DL. Quando há "bolting" no verão-outono, nas plantas mantidas em fotoperíodos de 8h e NI, há um acúmulo de massa seca na raiz, semelhante ao da parte aérea. Em fotoperíodos, onde foi observada uma menor intensidade resposta indutiva de floração (8h, 10h, 12h, 14h e NI) e "temperatura baixa", ocorreu direcionamento preferencial de assimilados para a raiz. Nas melhores condições indutoras de floração (16h, 18h e 2Oh), que independem da temperatura, verificou-se direcionamento de fotoassimilados para a parte aérea. Como a indução floral ocorreu sob todos os fotoperíodos estudados, verificando-se diferenças quantitativas entre os diferentes fotoperíodos, o híbrido em estudo ficou caracterizado como uma PDL quantitativa, com fotoperíodo mais favorável para indução floral em torno de 16h; contudo, a antese floral foi antecipada em fotoperíodos curtos (8h, 10h e 12h) , refletindo também uma resposta quanti tativa no desenvolvimento floral. Não foi detectada atividade giberelínica em nenhum dos tratamento estudados. Foi constatada maior concentração de AIA em folhas e botões florais de plantas em DL em comparação aos DC, o que poderia estar relacionado à maior velocidade de antese floral em plantas sob DC. As maiores concentrações de ABA, em relação ao início dostratamentos fotoperiódicos ocorreram em folhas e botões florais de plantas em DC; assim, no balanço AIA:ABA, estes estariam em concentrações opostas, principalmente no botão floral em DC, onde se observou a maior quantidade de ABA e a ausência de AIA. A atividade citocinínica, detectada nos extratos provenientes de folhas de plantas sob DC e de botões florais de plantas no início dos tratamentos, sob DL e DC, associado ao fato de o tratamento com KI, em botões florais de plantas em DL, ter acelerado a antese floral, foram as evidências de que citocininas endógenas estariam envolvidas no processo; porém, entre as quatro citocininas dosadas (Z, ZR, iP e iPA) somente o iP e iPA foram detectados. Uma diminuição significativa de iP em folhas de plantas sob DC pode estar sendo estimulada por uma taxa de transporte mais ativa na forma de iPA para o botão floral, o que, por sua vez, estimularia a maior velocidade de antese floral observada sob DC

ASSUNTO(S)

fotoperiodismo plantas - floração regulador de crescimento

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