Estudo do biomarcador p16 no carcinoma de mama de mulheres submetidas à endocrinoterapia primária de curta duração com tamoxifeno e anastrozol. / Expression of p16 in short term exposition with tamoxifen and anastrozole in postmenopausal women with breast invasive cancer.

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

25/11/2009

RESUMO

Introdução: A endocrinoterapia é uma das principais responsáveis pela redução de mortalidade do câncer de mama. Biomarcadores preditivos de resposta celular precoce vêm sendo estudados com intuito de prever precocemente a hormonioresistência. Freqüentes deleções e mutações têm sido descritas no gene p16 em diversos tipos de tumores, mas pouco se sabe sobre seu papel no câncer de mama e seu comportamento após endocrinoterapia neoadjuvante com tamoxifeno e anastrozol. Objetivos: Estudar a expressão do p16 e dos receptores de estrogênio e progesterona (RE e RP) em pacientes na pós - menopausa com carcinoma de mama RE e/ ou RP (+) após curto período (26 dias) de tratamento com tamoxifeno, anastrozol e placebo. Métodos: Estudo prospectivo randomizado duplo-cego realizado com 58 pacientes dos Hospitais Pérola Byington e São Paulo da UNIFESP (São Paulo - Brasil) com carcinoma ductal infiltrativo de mama, nos estádios II e III, que no período pré-operatório foram subdivididas em três grupos: P (placebo, N=25), T (tamoxifeno 20mg/dia, N=15) e A (anastrozol 1mg/dia, N=18). A biópsia foi realizada no momento do diagnóstico e após a cirurgia definitiva (26 dia) e os tumores foram isolados por micro-arranjos teciduais. O estudo imunoistoquímico foi realizado com anticorpos para p16 (Dako- OA315), RE (Neomarkers-M7047), RP (Dako- M3569). Realizou-se o estudo semiquantitativo utilizando-se os critérios de Allred e o estudo estatístico pelo teste paramétrico de Anova. Resultados: A positividade do p16 variou de 22 para 17%, respectivamente pré e pós tratamento com anastrozol; de 8 para 4% no grupo placebo e não houve variação, com 7% de positividade, no grupo que recebeu tamoxifeno. A comparação entre grupos e tempos não apresentou relação significativa para o p16 (p=0,17). Não foi encontrada correlação entre a positividade do p16 e o status hormonal (RE e RP). Conclusão: Não houve diferença estatística significante entre os três grupos estudados. Futuros estudos com métodos moleculares poderão esclarecer dúvidas suscitadas a respeito do tempo de exposição à droga necessária para interferir nos biomarcadores e proteínas.

ASSUNTO(S)

biomarcador p16 tamoxifeno anastrozol hormonioterapia câncer de mama ginecologia e obstetricia breast cancer postmenopausal women tamoxifen anastrozole p16ink4a

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