Estudo densitométrico da clavícula: a densidade mineral óssea explica a lateralidade das fraturas

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. bras. ortop.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-10

RESUMO

Introdução:Estudos epidemiológicos mostram uma lateralidade nas fraturas da clavícula, com o lado esquerdo mais frequentemente fraturado. O presente estudo tem como finalidade avaliar se a clavícula do lado dominante é mais densa e explicar, dessa forma, a maior incidência de fraturas no lado não dominante.Material e métodos:Estudo descritivo de 52 pacientes hígidos, classificados quanto a idade, sexo e lado dominante ou não.Resultados:Fizeram parte deste estudo 28 mulheres (53,8%) e 24 homens (46,2%); em relação ao lado dominante, 30 eram destros (57,7%) e 22, canhotos (42,3%); a idade média foi de 25 anos. Neste estudo, foi possível constatar que o lado não dominante teve maior massa óssea quando comparado ao lado dominante. Também observamos que a densidade óssea foi maior nos terços médios e distais no lado não dominante, com diferença estatisticamente significativa. Nas mulheres, a densidade também foi maior no lado não dominante; essa diferença não foi significativa quando comparado com o lado dominante, porém foi significativamente diferente entre os terços médio (p< 0,001) e distal (p< 0,006).Conclusão:As variacões da densidade óssea, tanto com maior como com menor massa óssea, podem ser responsáveis pelas fraturas. De acordo com os achados deste estudo, as fraturas ocorrem mais no terço médio da clavícula não dominante, em decorrência de uma maior massa mineral óssea, o que acarretaria uma menor flexibilidade da região e as fraturas.

ASSUNTO(S)

densitometria fratura óssea fisiopatologia clavícula

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