Estudo das manifestações bucais em crianças com diabetes e suas variáveis de correlação

AUTOR(ES)
FONTE

Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2004-06

RESUMO

Como crianças com diabete melito tipo 1 são mais suscetíveis às doenças da cavidade bucal, neste estudo transversal foi feito um levantamento da prevalência de cárie dentária, gengivite e alterações bucais nos 26 pacientes do Grupo de Crianças Diabéticas do Hospital da UFSC (16F/10M; idade media: 10,3anos), para verificar possíveis correlações entre: índice de dentes permanentes ou decíduos cariados, perdidos e obturados [CPO-D ou ceo-d], índice de placa visível [IPV], índice de sangramento gengival [ISG], cálculo dental, recessão gengival, anormalidades na língua, xerostomia, sensação de queimação na mucosa, idade de estabelecimento da doença, administração de insulina, ocorrência de complicações relacionadas ao diabetes, valores de glicemia e de hemoglobina glicada (HG). As alterações bucais mais observadas foram cálculo dental (42,3%), xerostomia (38,5%), sensação de queimação (11,5%) e recessão gengival (7,7%). O CPO-D ou ceo-d mediano foi de 2,0 e os IPV e ISG foram de 27,21 e 10,91%, respectivamente. Somente a idade e o nível de HG se mostraram significantemente correlacionados com o IPV (r² = 0,61). Quanto ao ISG, as variáveis IPV e hipoglicemia foram relevantes em termos de correlação (r² = 0,63). Conclui-se que, quanto maior a idade e o percentual de HG, maior o IPV; e que quanto maior o IPV e menos freqüentes as crises de hipoglicemia leve, maior o ISG.

ASSUNTO(S)

diabete melito cárie dentária gengivite criança

Documentos Relacionados