Estudo da sustentabilidade dos sistemas de produção agropecurarios da bacia hidrografica do Rios Mogi-Guaçu e Pardo atraves da analise emergetica / Sustainability study of agricultural systems on Mogi-Guaçu and Pardo watershed through emergy analysis

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

O futuro da humanidade depende da preservação do meio ambiente que fornece todos os serviços ecológicos e recursos naturais necessários à sua sobrevivência. Atualmente, na produção agropecuária prevalecem os sistemas de produção baseado no modelo industrial, que dependem de produtos obtidos na indústria química a partir do petróleo e causam grandes impactos sobre o ambiente. Para que esses impactos não superem a capacidade biológica de regeneração do ambiente em que estão inseridos, são necessárias políticas públicas eficientes que visem ao desenvolvimento sustentável. Uma nova ferramenta científica - a análise emergética - vem sendo aplicada no diagnóstico dos impactos causados pelos diferentes sistemas agropecuários em forma isolada ou em bacias hidrográficas; neste último caso a pesquisa é dificuldada pela carência de dados brutos e georeferenciados. Dessa forma, esse trabalho tem como objetivo principal o diagnóstico ambiental dos sistemas agropecuários da bacia hidrográfica dos rios Mogi-Guaçú e Pardo, utilizando de forma combinada a Análise Emergética e o Sistema de Informações Geográficas. Foram elaborados mapas temáticos da bacia considerados essenciais ao estudo, como por exemplo, o uso e ocupação da terra. Os fluxos emergéticos em seJ.ha-1.ano-1 para os diversos usos da terra foram expandidos para toda a bacia hidrográfica e os índices emergéticos revelaram o desempenho da bacia: baixa sustentabilidade (%R=29%), moderado impacto ambiental (ELR=2,47), baixo rendimento líquido (EYR=1,57) e baixa relação custo/benefício (ESI=0,63). Mapas com os índices emergéticos espacializados sobre a bacia hidrográfica mostram que as áreas localizadas a sudeste e a noroeste possuem baixo desempenho comparado à região central. De acordo com os cenários propostos e avaliados, o respeito à legislação ambiental não é suficiente para tornar a bacia hidrográfica sustentável, sendo necessário, além disso, reduzir a dependência de emergia não-renovável em níveis próximos a 70% dos valores de 2002. A área de suporte mostrou uma necessidade de 16 milhões de hectares adicionais de floresta para balancear toda a emergia não-renovável utilizada pela bacia, enquanto que para converter o CO2 emitido pela energia incorporada seriam necessários 355 mil hectares adicionais de floresta. O potencial de efeito estufa da bacia é de 5,64.106 MgCO2-EQUIVALENTE por ano, enquanto o potencial de acidificação atingiu o valor de 1,8.103 MgSO2-EQUIVALENTE por ano. Em relação aos indicadores econômicos, os resultados mostram prejuízo quando contabilizamos as externalidades negativas, os serviços ambientais e toda a energia provinda da natureza, levantando a questão sobre se a teoria econômica convencional exprime a riqueza real do produto

ASSUNTO(S)

bacias hidrograficas sustainability indicators emergia emergy energy indicadores de sustentabilidade watersheds energia

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