Estudo da ocorrência da doença de Chagas em Monte Negro, Estado de Rondônia, Amazônia Brasileira
AUTOR(ES)
Carvalho, Elaine Oliveira Costa de, Rosa, João Aristeu da, Carvalho, Anderson Antonio de, Chaves, Hialli Cristine Oliveira, Souza, Everton Almeida de, Ostermayer, Alejandro Luquetti, Camargo, Luís Marcelo Aranha de
FONTE
Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical
DATA DE PUBLICAÇÃO
2011-12
RESUMO
INTRODUÇÃO: Estudos anteriores sobre doença de Chagas tratam da perspectiva da ocorrência endêmica da parasitose na região Amazônica, que se correlaciona diretamente com o aumento populacional e a invasão do ecótopo pelos triatomíneos. O Estado de Rondônia possui um imenso manancial de vetores e reservatórios de Trypanosoma cruzi. As modificações ambientais ocasionadas pelo desmatamento na região podem gerar mudanças nos hábitos dos vetores, trazendo-os para um contato mais próximo do homem, aumentando as possibilidades de infecção vetorial. MÉTODOS: Este estudo foi realizado para verificar a ocorrência da doença de Chagas em Monte Negro, Rondônia, equivalente à amostragem aleatória das propriedades rurais e de pessoas residentes no município, onde foram realizadas coletas sanguíneas dos moradores e coleta de triatomíneos. As amostras sanguíneas foram submetidas a testes sorológicos para detecção de anticorpos da classe IgG contra T. cruzi e os triatomíneos coletados foram analisados para verificar a presença de tripanosomatídeos em seu trato digestivo. RESULTADOS: A população estudada, randomicamente selecionada, é em sua maioria advinda de outros estados. Dos 322 barbeiros avaliados microscopicamente, 50% apresentavam flagelados com morfologia compatível com Trypanosoma cruzi. A sorologia das 344 amostras de sangue humano coletadas randomicamente apresentou 1,2% de positividade para T. cruzi, 6,1% de resultados inconclusivos e 92,8% negativos. CONCLUSÕES: Monte Negro apresenta baixa prevalência de infecção por T. cruzi em humanos, em torno de 1,2% e sem transmissão vetorial ativa, porém há a necessidade de medidas preventivas de vigilância, não existentes atualmente, devido à abundância do vetor, e a presença de vetores infectados por tripanosomatídeos.
ASSUNTO(S)
doença de chagas amazônia trypanosoma cruzi triatomíneos
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