A study of shock wave front and magnetic cloud extent in the inner heliosphere using observations from multi-spacecrafts / Estudo da extensão das frentes de choque e das nuvens magnéticas na heliosfera interna usando observações de múltiplas espaçonaves.

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

As duas sondas Helios viajaram na heliosfera interna do final do ano de 1974 até o início do ano de 1986, variando sua posição em longitude e distância radial (de 0.3 a 1 AU). Elas coletaram dados de plasma e campo magnético de alta resolução durante um ciclo solar completo. Mais de 390 ondas de choque interplanetárias guiadas por Ejeções Coronais de Massa Interplanetárias (ICMEs) foram identificadas pelas duas sondas, H1 e H2. Associando-se os dados de plasma e campo magnético de ambas as sondas, fazemos um estudo estatístico da extensão espacial de frentes de choque no meio interplanetário. Determinamos a dependência da probabilidade de choques serem vistos por ambas as sondas como uma função da separação longitudinal das espaçonaves. Como resultado, encontramos que, para um ângulo de separação entre as sondas de aproximadamente 90°, um choque tem 50% de chance de ser visto por ambas as sondas. A inclusão de dados dos satélites ISEE-3 e IMP-8 orbitando nas proximidades da Terra melhorou nossa estatística consideravelmente. Dentre os choques estudados, encontramos alguns casos em que as sondas estavam em direções praticamente opostas ao Sol e ainda assim observaram frentes de choque dentro de um contexto temporal aceitável. No entanto, devido à falta de observações simultâneas da coroa, não pudemos decidir univocamente se tais choques têm a mesma origem solar. Dentre o grande grupo de ondas de choque identificadas por H1 e H2, muitas delas foram guiadas por Nuvens Magnéticas (MCs). Algumas destas MCs foram observadas por múltiplas espa¸conaves, enquanto que a maioria delas constituiu o grupo das MCs observadas por uma única espaçonave. Por outro lado, encontramos que a extensão longitudinal das MCs pode ser tão grande quanto 90°. Dentre as nuvens estudadas, encontramos um evento em que as sondas estavam separadas por apenas 15° e somente uma delas observou a MC e o choque guiado pela mesma. Usamos a técnica de Análise da Mínima Variância (MVA) para determinar a direção de rotação do campo magnético dentro das MCs e a orientação do eixo das mesmas. Nuvens magnéticas que são altamente inclinadas em relação ao plano da eclíptica têm menos chance de ser observadas por duas espaçonaves mesmo se elas estiverem próximas uma da outra. Em geral, como indicado pelas observações através de múltiplas espaçonaves, MCs comportam-se como estruturas bem organizadas na heliosfera interna.

ASSUNTO(S)

shock waves interplanetary coronal mass ejections magnetic clouds helios mission longitudinal extesion ondas de choque ejeções coronais de massa interplanetárias nuvens magnéticas missão helios extensão longitudinal

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