Estudo comparativo da flarefotometria em pacientes com melanoma maligno e nevo de coróide

AUTOR(ES)
FONTE

Arquivos Brasileiros de Oftalmologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2002-01

RESUMO

Introdução: Os tumores malignos intra-oculares estão associados com um aumento do "flare" na câmara anterior, causado por uma quebra na barreira hemato-aquosa, que pode ocorrer por vários mecanismos. Estudos utilizando a flarefotometria confirmam o aumento do "flare" em olhos com tumores intra-oculares malignos e benignos. Objetivo: Avaliar a flarefotometria como auxiliar no diagnóstico diferencial de melanoma maligno e nevo de coróide, comparando-se com olhos contralaterais normais. Métodos: Foram avaliados olhos com melanoma maligno e olhos com nevo de coróide diagnosticados por meio de oftalmoscopia indireta e/ou ultra-sonografia. Os olhos normais contralaterais foram utilizados como controles. A flarefotometria foi realizada em todos os pacientes, sob midríase bilateral, utilizando equipamento Laser Flare Meter (FC 500, Kowa). Foram aplicados os testes de Wilcoxon, Mann-Whitney, e Spearman para análise estatística. Resultados: A média da flarefotometria nos olhos com melanoma maligno de coróide foi 17,1 ph/ms e nos olhos normais contralaterais foi 4,06 ph/ms. Nos olhos com nevo de coróide o valor da flarefotometria foi 6,12 ph/ms e nos olhos contralaterais normais foi 4,47 ph/ms. O valor da flarefotometria foi maior nos olhos com melanoma maligno e nevo quando comparado com os olhos contralaterais normais (p<0,001 e p<0,01). Nos olhos com melanoma maligno o valor da flarefotometria foi significantemente maior que nos olhos com nevo de coróide (p<0,001). Foi observada correlação positiva entre a espessura do tumor e a flarefotometria (r=0,47). Conclusão: A flarefotometria é um exame útil no diagnóstico diferencial entre melanoma maligno e nevo de coróide.

ASSUNTO(S)

melanoma neoplasias da coróide nevos e melanomas lasers fotometria estudo comparativo diagnóstico diferencial barreira hemato-aquosa

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