Estrutura genética populacional e frequência de machos diplóides de Euglossa pleosticta e Euglossa fimbriata (Hymenoptera, Apidae, Euglossini)

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

26/02/2010

RESUMO

A estrutura genética e a frequência de machos diplóides de populações de duas espécies de abelhas das orquídeas, Euglossa pleosticta e Euglossa fimbriata, foram estudadas com base em marcadores microssatélites. Estas duas espécies apresentam uma ampla distribuição em território brasileiro e são comumente encontradas em remanescentes florestais de Mata Atlântica do nordeste ao sul do Brasil. As análises genéticas envolveram machos de populações de E. pleosticta e E. fimbriata, respectivamente, de seis e cinco fragmentos florestais, de tamanhos diferentes (variando de 13,4 a 580 ha), separados por distâncias entre 6,1 e 50,4 km, localizados no norte do estado do Paraná. Os machos de abelhas foram coletados com rede entomológica durante visita à iscas-odores. Em cada fragmento florestal, as abelhas foram amostradas simultaneamente por dois coletores em dois pontos distintos de coleta. O número de coleta por fragmento variou de 12 a 18. Foram analisados 269 machos de E. pleosticta e 212 machos de E. fimbriata Todos os seis locos de microssatélites analisados se mostraram polimórficos, com um número de alelos variando de 11 a 39 entre os diferentes locos para E. pleosticta e, 7 a 36 para E. fimbriata. De um total de 128 alelos identificados para E. pleosticta e 115 para E. fimbriata, 45 e 37 foram alelos exclusivos para as respectivas espécies. A Análise de Variância Molecular (AMOVA) revelou uma variação genética de 84,88% dentro das amostras analisadas de E. pleosticta e de 15,12% entre estas, com um valor de ST = 0,15. Valores similares foram observados para E. fimbriata. Para esta espécie foi encontrada uma variação de 86,2% dentro das amostras analisadas e de 13,8% entre estas, e um valor de ST = 0,13. Para ambas as espécies os valores de ST foram significativamente diferentes de zero, indicando diferenciação genética alta e moderada, respectivamente, para E. pleosticta e E. fimbriata. Uma significante estruturação entre as amostras analisadas também foi encontrada pela análise bayesiana, a qual revelou a formação de três agrupamentos distintos entre si, para ambas as espécies estudadas. As análises revelaram baixas frequências de machos diplóides, totalizando seis machos diplóides identificados para E. pleosticta e dois para a espécie E. fimbriata. A diferenciação genética detectada entre os vários pares de amostras é sugestiva de restrição de fluxo gênico entre as subpopulações dos diferentes fragmentos florestais na região estudada.

ASSUNTO(S)

abelha - genética himenoptero genética de populações abelha - mata atlântica bee genetic

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