Estrutura e diversidade genética de Copaifera langsdorffii Desf. em fragmentos de Cerrado no Estado de São Paulo
AUTOR(ES)
Antiqueira, Lia Maris Orth Ritter, Souza, Renata Gabriela Villegas de Castro e, Bajay, Miklos Maximiliano, Kageyama, Paulo Yoshio
FONTE
Rev. Árvore
DATA DE PUBLICAÇÃO
2014-08
RESUMO
Considerando que a perda de grandes áreas de Cerrado no Brasil pode levar à diminuição da biodiversidade e, mesmo, à extinção de espécies, questiona-se a fragilidade genética de populações de Copaifera langsdorffii Desf. expostas a diferentes condições antrópicas em fragmentos de Cerrado do Estado de São Paulo. Foram consideradas duas áreas em Estações Experimentais do Instituto Florestal (Assis e Itirapina), uma área em unidade de conservação de proteção integral (Pedregulho) e outra área de propriedade particular (Brotas). As análises foram realizadas com amostras foliares de 353 indivíduos adultos e oito pares de locos microssatélites. O número de alelos por loco variou de 13 a 15 em todas as populações, porém o número médio de alelos efetivos foi aproximadamente a metade desse valor (7,2 a 9-1). As estimativas de heterozigosidade observada foram significativas e ficaram abaixo dos valores esperados em todas as populações. Consequentemente, as populações não aderem às frequências esperadas para o Equilíbrio de Hardy-Weinberg. O índice de fixação obteve valores significativos em todas as populações; o menor valor foi da população de Pedregulho (0,189) e o maior, da população de Itirapina (0,283). As análises de estrutura genética espacial indicaram a formação de estrutura familiar entre 20 e 65 m nas populações. Não foi detectada a presença de clones. As estimativas de tamanho efetivo populacional foram baixas, no entanto as populações possuem área mínima viável para conservação no curto e médio prazos. Foram identificadas reduções recentes ou efeito de gargalo nas quatro populações. As análises de divergência genética (Gst’) indicaram que a maior parte da divergência se encontrava dentro das populações. A análise de estrutura de grupos com base nos genótipos resultou em K = quatro grupos, com padrões de frequências alélicas distintas. A diferenciação genética observada entre as populações é consistente com a hipótese de seu isolamento genético e geográfico. Portanto, é imprescindível a adoção de estratégias de conservação que aumentam o fluxo gênico entre os fragmentos.
ASSUNTO(S)
copaíba fluxo gênico microssatélites
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