Estresse peri-natal: suas características e repercussões sobre o comportamento alimentar na vida adulta

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Nutr.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2013-08

RESUMO

Muitos estudos têm apontado a importância da interação mãe-filho durante os primeiros meses de vida. Nas últimas décadas, foi desenvolvido um método, denominado mãe canguru, que tem como principal objetivo manter neonatos nascidos com baixo peso ou prematuros em contato direto com suas mães de forma contínua. Esse método tem reduzido a mortalidade e morbidade desses neonatos, aumentado medidas de crescimento, amamentação e contato mãe-filho. Em roedores, a presença da mãe é determinante para evitar a incidência de fatores agressores que possam desencadear adaptações fenotípicas dos filhotes com consequências morfofuncionais e comportamentais irreversíveis. O comportamento alimentar representa uma resposta adaptativa, decorrente da demanda do ambiente interno sendo modulado por oportunidades e limitações impostas pelo ambiente externo.Esse comportamento é regulado por uma interação complexa entre mecanismos periféricos e centrais que controlam a fome e a saciedade. O hipotálamo é a estrutura encefálica que integra sinais centrais e periféricos para regular a homeostase energética e o peso corporal. Nos núcleos hipotalâmicos são encontrados peptídeos orexigênicos como o neuropeptídeo Y e o peptídeo relacionado ao gene Agouti, e os anorexigênicos como o transcrito relacionado a cocaína e anfetamina e a pró-opiomelanocortina. O estudo do comportamento alimentar é inovador em modelos experimentais de estresse neonatal utilizando a separação entre mães e filhotes na fase de lactação. Esta revisão descreve os efeitos do estresse durante o período neonatal sobre aspectos fisiológicos gerais e particularmente sobre o controle do comportamento alimentar.

ASSUNTO(S)

comportamento alimentar perinatal ratos estresse

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