Estratégias de propagação vegetativa de quatro espécies rupestres de Leiothrix (Eriocaulaceae)
AUTOR(ES)
Coelho, Flávia de Freitas, Capelo, Christina Dorvalina Lopes, Neves, Ana Carolina Oliveira, Figueira, José Eugênio Côrtes
FONTE
Brazilian Journal of Botany
DATA DE PUBLICAÇÃO
2007-12
RESUMO
Leiothrix é endêmico da América do Sul e inclui 37 espécies, 25 das quais ocorrem em Minas Gerais, 19 delas na Serra do Cipó. Descrevemos as estratégias de propagação vegetativa em quatro espécies de Leiothrix, endêmicas à porção mineira da Cadeia do Espinhaço. Para cada espécie estabelecemos parcelas permanentes, marcamos de 30 a 51 rosetas ou clones e tomamos medidas morfológicas e fenológicas. Leiothrix crassifolia (Bong.) Ruhland e L. curvifolia var. lanuginosa (Bong.) Ruhland são rizomatosas e formam clones compactos do tipo falange. Leiothrix vivipara (Bong.) Ruhland não produz rizomas, mas é pseudovivípara, produzindo numerosos rametes originários da inflorescência. Esses rametes são formados precocemente, sem os capítulos tocarem o solo. Leiothrix spiralis (Bong.) Ruhland possui as duas formas de crescimento clonal: é rizomatosa e pseudovivípara. Nesta espécie, os rametes são formados tardiamente, somente depois do capítulo tocar o solo. Uma das condições típicas dos campos rupestres é a escassez de água no solo em alguns períodos do ano, além da escassez de nutrientes durante todo o ano. Estas condições podem ter criado um cenário ecológico ideal para a evolução de pseudoviviparidade e do crescimento rizomatoso em Leiothrix.
ASSUNTO(S)
campos rupestres crescimento clonal eriocaulaceae leiothrix pseudoviviparidade
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