Estratégias de propagação vegetativa de quatro espécies rupestres de Leiothrix (Eriocaulaceae)

AUTOR(ES)
FONTE

Brazilian Journal of Botany

DATA DE PUBLICAÇÃO

2007-12

RESUMO

Leiothrix é endêmico da América do Sul e inclui 37 espécies, 25 das quais ocorrem em Minas Gerais, 19 delas na Serra do Cipó. Descrevemos as estratégias de propagação vegetativa em quatro espécies de Leiothrix, endêmicas à porção mineira da Cadeia do Espinhaço. Para cada espécie estabelecemos parcelas permanentes, marcamos de 30 a 51 rosetas ou clones e tomamos medidas morfológicas e fenológicas. Leiothrix crassifolia (Bong.) Ruhland e L. curvifolia var. lanuginosa (Bong.) Ruhland são rizomatosas e formam clones compactos do tipo falange. Leiothrix vivipara (Bong.) Ruhland não produz rizomas, mas é pseudovivípara, produzindo numerosos rametes originários da inflorescência. Esses rametes são formados precocemente, sem os capítulos tocarem o solo. Leiothrix spiralis (Bong.) Ruhland possui as duas formas de crescimento clonal: é rizomatosa e pseudovivípara. Nesta espécie, os rametes são formados tardiamente, somente depois do capítulo tocar o solo. Uma das condições típicas dos campos rupestres é a escassez de água no solo em alguns períodos do ano, além da escassez de nutrientes durante todo o ano. Estas condições podem ter criado um cenário ecológico ideal para a evolução de pseudoviviparidade e do crescimento rizomatoso em Leiothrix.

ASSUNTO(S)

campos rupestres crescimento clonal eriocaulaceae leiothrix pseudoviviparidade

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