Estratégias de comunicação da equipe de enfermagem. Na afasia após acidente vasculha encefálico. / Communication strategies of the nursing team. In aphasia after accident brain scans.

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

27/10/2011

RESUMO

Muitos pacientes acometidos pelo Acidente Vascular Cerebral apresentam limitações na comunicação oral, o que os torna depressivos, apáticos, dificultando a interação com os seus cuidadores. A análise da literatura nacional e internacional na área indica considerável avanço no conhecimento das técnicas de comunicação verbal e não verbal. Este estudo teve como objetivo identificar as estratégias e as dificuldades de comunicação da equipe de enfermagem durante o cuidado de pacientes afásicos. Estudo descritivo, exploratório e transversal, que usou a técnica de entrevista semi-estruturada para conhecer as estratégias e dificuldades referidas por 27 profissionais, incluindo 10 Auxiliares de Enfermagem, 11 Técnicos de Enfermagem e 6 Enfermeiros, atuando .em unidades de internação com leitos específicos para AVC. Esta técnica foi associada à da observação participante, realizada pela autora. Os cuidados observados incluíram a verificação dos parâmetros vitais, o cuidado corporal, sobretudo o banho diário e a administração da medicação. Com base nos registros de campo efetuados durante a observação foi possível identificar e categorizar as mesmas variáveis da entrevista, as estratégias e dificuldades na comunicação, o que possibilitou compará-las. Nas associações das variáveis demográficas, categoria profissional, idade e tempo de experiência, com as estratégias e experiência referidas e observadas, não foram observadas diferenças estatisticamente significantes (p>0,05), o que suscitou reflexões e discussão. Com respeito às estratégias, o uso da comunicação verbal foi referido por um terço da população e observado em 100%, contrariamente aos gestos, referidos por 100% dos sujeitos e observado em 40,7%. Já o toque, referido por apenas 18,5%, foi observado em todas as situações, com caráter instrumental, imprescindíveis aos cuidados. Nas dificuldades referidas, entender o que o paciente deseja atingiu 59,3% e falta de tempo 18,5%. As demais dificuldades atingiram baixos índices: interferência dos familiares e falta de recursos adequados, 11,1%. Outras dificuldades foram referidas por um ou dois participantes, entre elas: irritação, agitação, desmotivação ou pouca interação do paciente. A falta de resposta do paciente, referida por apenas um funcionário, foi observado em mais da metade da população, o que poderia indicar falta de observação e conhecimento dos profissionais e ausência de iniciativa. Os achados do estudo levam a concluir que as técnicas de comunicação não verbal, sobretudo a comunicação cinésica, tacêsica e proxêmica, de incontestável relevância no cuidado com pacientes afásicos, são desconhecidas pelos membros da equipe de enfermagem, independentemente da categoria profissional, idade ou tempo de experiência profissional. Este fato ocorre a despeito dos esforços de autores brasileiros que vêm contribuindo para o avanço do conhecimento da comunicação em enfermagem, e, particularmente no exterior, das dificuldades de comunicação pós AVE.

ASSUNTO(S)

enfermagem acidente vascular encefálico comunicação enfermagem. stroke communication aphasia nursing team.

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