Estoma & câncer retal: revisão de 195 estomas realizados em 380 pacientes portadores de câncer retal
AUTOR(ES)
Cruz, Geraldo Magela Gomes da, Andrade, Mônica Mourthé de Alvim, Gomes, Daniel Martins Barbosa Medeiros, Constantino, José Roberto Monteiro, Chamone, Bruno Cunha
FONTE
Revista Brasileira de Coloproctologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008-06
RESUMO
Em uma casuística de 24.000 pacientes 923 eram portadores de tumores de intestino grosso (3.8%), 870 dos quais eram tumores colorretais (94,2%), dos quais 490 eram câncer no cólon (53,1%) e 380 no reto (41,2%) e apenas 53 tumores anais (5,7%). O objetivo deste trabalho é estudar 380 pacientes portadores de câncer retal, analisando, especificamente, os 195 estomas criados nos mesmos, estratificando-os em temporários e definitivos, descrevendo suas modalidades e indicações bem como suas complicações e abordagem cirúrgicas das mesmas. De 380 pacientes portadores de câncer retal 373 foram operados (98,2%) e 338 tiveram os tumores removidos (91,8%), tendo sido a retossigmoidectomia abdominal a técnica cirúrgica mais realizada (172 ou 45,3%), das quais, 133 com anastomose manual (35,0%) e 39 com anastomose mecânica (10,3%), seguida pela amputação abdominoperineal (135 casos ou 35,5%). Dos 373 pacientes operados foram realizados estomas em 195 (52,3%), 174 dos quais definitivos (46,6%) e 21 temporários (5,7%). Destarte, dos 195 estomas realizados, 174 foram definitivos (89,2%) e 21 temporários (10,8%). As modalidades de estomas mais realizados foram colostomias terminais (146 casos, 39,1%) e colostomias em alça (30 casos, 8,0%). Dos 21 estomas temporários nove foram colostomias em alça (5,2%) e 12 foram ileostomias em alça (7,0%). Em 16 dos 21 casos o estoma foi feito como protetor de anastomose em 133 casos de ressecção com anastomose manual (oito colostomias em alça e oito ileostomias em alça); e cinco foram realizados em 39 casos de anastomoses mecânicas, sendo uma colostomia em alça e quatro ileostomias em alça. Os 174 estomas definitivos foram feitos em 135 casos de amputação abdominoperineal, 35 em tumores irressecáveis e quatro em proctocolectomia, tendo sido 146 colostomias terminais (83,9%), quatro ileostomias terminais (2,3%), 21 colostomias em alça (12,1%) e três colostomias duplas (1,7%). Ocorreram 14 complicações (7,2%) nos 195 estomas executados, assim distribuídas: oito complicações em 146 colostomias terminais (5,5%), uma complicação dentre as 30 colostomias em alça (3,3%), três complicação nas três colostomias duplas (100,0%), duas complicações em 12 ileostomias am alça (16,7%) e nenhuma complicação entre as quatro ileostomias terminais. Estenose e prolapso foram as complicações mais comuns (quatro casos de cada).
ASSUNTO(S)
estomas câncer retal estoma em câncer retal
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