Estimulação elétrica neuromuscular em cães submetidos à imobilização rígida temporária da articulação fêmoro-tíbio-patelar
AUTOR(ES)
Souza, Soraia Figueiredo de, Mazzanti, Alexandre, Raiser, Alceu Gaspar, Salbego, Fabiano Zanini, Pelizzari, Charles, Martins, Danieli Brollo, Rech, Raquel Rubia, Lopes, Sonia Terezinha dos Anjos, Beckmann, Diego Vilibaldo, Souza, Lucilene Bernardi de, Cunha, Marina Gabriela Carvalho Mori da, Festugatto, Rafael, Santos, Rosmarini Passos dos, Silva, Ana Paula da
FONTE
Ciência Rural
DATA DE PUBLICAÇÃO
2007-02
RESUMO
Com o objetivo de avaliar o efeito da estimulação elétrica neuromuscular (EENM) de baixa freqüência sobre o músculo vasto lateral, foram utilizados 11 cães, agrupados aleatoriamente em três grupos, denominados de I ou controle, de II (EENM após imobilização) e de III (EENM durante e após imobilização). A articulação fêmoro-tíbio-patelar direita foi imobilizada por 30 dias pelo método de transfixação percutânea tipo II. Os cães do grupo III iniciaram as sessões de eletroterapia, três vezes por semana, durante (30 dias) e após a imobilização (60 dias); e os cães dos grupos II após a remoção da imobilização rígida temporária. Foram avaliadas a mensuração da circunferência da coxa, a goniometria do joelho, os graus de claudicação, as enzimas creatina-quinase (CK) e a aspartato-amino-transferase (AST) e a morfometria das fibras musculares longitudinais do vasto lateral. A análise clínica dos graus de claudicação foi realizada diariamente. A medida da circunferência de coxa, a goniometria e a biópsia do músculo vasto lateral foram realizadas nos tempos zero, 30, 60 e 90 dias após imobilização. As amostras de sangue para avaliação da CK e da AST foram coletadas antes, imediatamente depois, em 6, 24 e 48 horas após a EENM, nos dias zero, 1, 7, 30, 45, 60, 75 e 90. A EENM foi empregada no músculo quadríceps femoral numa freqüência de 50Hz, com duração de pulso de 300 milisegundos e relação "on time/off time" de 1:2. Não houve diferença significativa nos graus de claudicação, nos valores de circunferência da coxa, na goniometria e no comportamento das enzimas CK e AST entre os grupos. Foi observada maior hipertrofia das fibras musculares longitudinais nos cães do grupo II (P=0,0005), seguidos pelos cães do grupo III. Pode-se concluir que a EENM de baixa freqüência ocasiona hipertrofia do músculo vasto lateral em cães após a imobilização rígida temporária da articulação do joelho, recomendando-se o seu uso em animais com atrofia muscular.
ASSUNTO(S)
cão imobilização hipertrofia músculo reabilitação
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