Esquema Ãnico de tratamento da hansenÃase: InfluÃncias das formas clÃnicas nos efeitos indesejÃveis dos fÃrmacos. / Single Treatment Regimen of Leprosy; Influences of Clinical Forms on Adverse Effects of Drugs.

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

28/06/2010

RESUMO

O controle da hansenÃase baseia-se no tratamento precoce dos doentes e na interrupÃÃo da cadeia de transmissÃo. Nos dias atuais, apresenta-se um novo desafio para este controle: a viabilidade de um esquema terapÃutico Ãnico para todas as formas clinicas da doenÃa, denominado multidrogaterapia uniforme (U-MDT), de curta duraÃÃo e eficaz, capaz de superar os seguintes problemas: erros na classificaÃÃo das formas clÃnicas, efeitos indesejÃveis dos fÃrmacos, abandono do tratamento e custos do mesmo. VÃrias doenÃas, tendo como exemplo principal a malÃria, apresentam diferenÃas na eficÃcia e efeitos indesejÃveis dos fÃrmacos, em funÃÃo dos diferentes agentes etiolÃgicos e formas clÃnicas. Isto se deve, entre outras possibilidades, a diferenÃas no metabolismo destes fÃrmacos. A hansenÃase, com formas clÃnicas espectrais e diferentes (indeterminada, tuberculÃide, bordeline tuberculÃide, bordeline bordeline, bordeline virchowiana e virchowiana), tambÃm apresenta, em funÃÃo destas, diferenÃas bacteriolÃgicas, histopatolÃgicas, imunolÃgicas e genÃticas. Neste sentido, possÃveis problemas a serem enfrentados pelo U-MDT seriam diferenÃas na eficÃcia terapÃutica e efeitos indesejÃveis dos fÃrmacos utilizados, conforme o espectro da doenÃa. Nesta tese, procuramos avaliar a incidÃncia dos efeitos indesejÃveis dos fÃrmacos dapsona, rifampicina e clofazimina, utilizados na terapÃutica da hansenÃase. Foram selecionados quarenta pacientes da forma tuberculÃide, dois quais 20 (vinte) fizeram uso do esquema padrÃo com dapsona e rifampicina e 20 (vinte) fizeram uso do esquema com dapsona, rifampicina e clofazimina, denominado U-MDT. TambÃm foram selecionados 20 (vinte) pacientes das formas clÃnicas bordeline virchowiana e virchowiana, os quais fizeram uso do esquema U-MDT. Todos os sujeitos receberam seis doses de tratamento. Em todos os pacientes tratados, nÃo evidenciamos efeitos indesejÃveis que levassem a interrupÃÃo do tratamento. Com exceÃÃo da anemia hemolÃtica, que se apresentou com incidÃncias elevadas em ambos os grupos de pacientes que fizeram uso do U-MDT os demais efeitos indesejÃveis apresentaram-se com baixas incidÃncias, compatÃveis com as evidencias cientÃficas, em todos os grupos de pacientes. NÃo evidenciamos diferenÃas nos achados da anemia hemolÃtica, bem como nos demais efeitos indesejÃveis, em funÃÃo das formas clinicas dos pacientes tuberculÃides (paucibacilares) e bordeline virchowianos ou virchowianos (multibacilares), que fizeram uso do esquema U-MDT. Tal dado sugere a inexistÃncia de influÃncias das formas clinicas da doenÃa nos efeitos indesejÃveis dos fÃrmacos. A verificaÃÃo de maiores incidÃncias de anemia hemolÃtica, atribuÃda à dapsona, nos grupos de pacientes tratados com U-MDT em relaÃÃo ao grupo de pacientes tratados com dapsona e rifampicina, parece sugerir alguma participaÃÃo da clofazimina na gÃnese de tal efeito indesejÃvel.

ASSUNTO(S)

farmacologia hansenÃase formas clÃnicas efeitos indesejÃveis u-mdt leprosy clinical forms side effects u-mdt

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